O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Câmara, Arthur Lira
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Câmara, Arthur Lira

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou o poder da Câmara dos Deputados e disse que o parlamento não pode "humilhar o Executivo". A declaração foi dada nesta segunda-feira (14) aos jornalistas.

Segundo Haddad, a Câmara tem um poder maior se comparado aos outros mandatos e deu a entender haver uma diferenciação entre a Casa e o Senado. Ele ainda admitiu a dificuldade de diálogo com o chefe da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL).

"O fato é que estamos conseguindo encontrar caminho. Não está fácil, não pense que está fácil. A Câmara está com um poder muito grande e ela não pode usar esse poder para humilhar o Senado e o Executivo. Mas, de fato, ela está com um poder que eu nunca vi na minha vida", afirmou.

Em indireta a Lira, Haddad afirmou que o poder da instituição é maior que seus membros. O ministro ainda admitiu embates acalorados com o presidente da Câmara.

"O bom da democracia é que a pessoa não vai ter esse poder para sempre, a instituição pode ter, mas você não sabe na mão de quem ela vai estar daqui com dois, quatro, 10 anos", declarou.

O poder de Lira tem incomodado a cúpula petista nos últimos meses. O presidente da Câmara tem cobrado melhor articulação do governo e espaços para a distribuição de emendas na Câmara.

A vontade de Arthur Lira é a retomada do Orçamento Secreto, que liberava emendas carimbadas pela União. Entretanto, Lula tem segurado os anceios de Lira e conversado diretamente com as lideranças partidárias em troca de apoio na Câmara dos Deputados.

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