Em relatório entregue à CPI do 8 de janeiro, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) afirma que influenciadores incitaram grupos a invadir as sedes dos três Poderes e lucraram com os atos golpistas.
Segundo informações da Folha de S Paulo, a agência afirmou que os influenciadores fortalecem narrativas; canalizam queixas e ressentimentos pessoais e coletivos em críticas políticas contra governos e instituições; estimulam a polarização; e incitam a violência.
A Abin também aponta a articulação de extremistas em grupos do Telegram. Em um desses grupos, usuários trocavam mensagens de apoio à invasão desde o dia 4 de janeiro.
De acordo com os documentos, o movimento "atualmente está inativo, mas seu grupo de Telegram tem servido de reduto para indivíduos extremistas violentos, que frequentemente tentam formar grupos paramilitares".
Uma das pessoas mencionadas pela agência é Adriano Luiz Ramos de Castro, ex-participante do Big Brother Brasil, o BBB. Durante o ataque do dia 8 de janeiro, ele transmitiu uma live no acampamento bolsonarista em frente ao Comando Militar de Salvador.
Durante a live, ele parabenizou os golpistas e chamou o ato de "resposta legítima” contra os "desmandos" do Supremo Tribunal Federal (STF).