O prédio que desmoronou no Complexo Beira-Mar, no Grande Recife, deixando 14 mortos, já havia sido alvo de denúncias por apresentar rachaduras e infiltrações. A situação do edifício foi exposta cerca de uma semana antes da tragédia, por lideranças do Movimento Nacional da Luta Pela Moradia (MNLM) durante audiência pública sobre o problema da moradia urbana em Pernambuco.
De acordo com a Prefeitura de Paulista, o prédio estava interditado desde 2010. No entanto, tinha sido reocupado por sem-tetos.
"Eu sou da cidade de Paulista e é muito triste eu ver um conjunto habitacional como o Beira-Mar, vivendo naquela situação há anos. Estamos esperando o quê? Que morra alguém?", disse o dirigente do MNLM, Paulo André, durante a audiência pública.
As buscas pelas vítimas foram encerradas na tarde de sábado (9), após 32 horas de trabalho. O total de mortos chegou a 14, sendo quatro crianças, dois adolescentes e oito adultos.
Veja a lista detalhada divulgada pelo Corpo de Bombeiros:
Maria da Conceição Mendes da Silva, de 43 anos;
Deivid Soares da Silva, de 17 anos, filho de Maria;
Deivison Soares da Silva, de 19 anos, filho de Maria;
Eloá Soares da Silva, de 21 anos, filha de Maria;
Marcela Neves dos Santos, de 42 anos;
Maria Flor Neves dos Santos, de 6 anos, filha de Marcela;
Wallace Neves dos Santos, de 10 anos, filho de Marcela;
Guilherme Emanuel Misael, de 12 anos;
Ester Misael, de 5 anos, irmã de Guilherme;
Pedro Misael, de 8 anos, irmão de Guilherme;
Mateus Silva de Albuquerque, de 21 anos;
Um homem de 45 anos, de nome não divulgado;
Um homem de 40 anos, de nome não divulgado;
Uma mulher de 37 anos, de não não divulgado.