Monique Medeiros teve a prisão preventiva mantida após decisão expedida pela Justiça do Rio de Janeiro nesta sexta-feira (7). A mulher é acusada de torturar e matar o próprio filho, Henry Borel, em março de 2021.
A defesa da ré recorreu de uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) sob o argumento de que a decisão do ministro Gilmar Mendes foi baseada em "falsas informações", como a alegação de que ela teria descumprido medidas cautelares.
Segundo o Ministério Público, Monique teria desrespeitado a determinação de que não poderia usar redes sociais.
A audiência de custódia relizada nesta sexta-feira aconteceu na Central de Custódias de Benfica, na Zona Norte do Rio. Após a decisão da Justiça, ela será novamente conduzida ao Instituto Penal Santo Expedito.
Novamente detida
Na manhã da última quinta-feira (6), por volta das 6h, Monique voltou a ser presa. Policiais da 16ª DP (Barra da Tijuca) a encontraram em Bangu, na Zona Oeste do Rio, onde ela morava há quase um ano.
A acusada estava solta desde agosto do ano passado, quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceitou habeas corpus e autorizou que ela respondesse em liberdade.
"A decisão recorrida [do STJ] não apenas se divorcia da realidade dos autos, como também afronta jurisprudência pacífica deste tribunal, a justificar o acolhimento da pretensão recursal", argumentou o ministro do STF Gilmar Mendes. O magistrado ainda cobrou que o julgamento seja realizado para condenar a professora.
"Nada justifica que um delito dessa natureza permaneça, até hoje, sem solução definitiva no âmbito da Justiça Criminal, a projetar uma grave sensação de insegurança entre os membros da comunidade", concluiu.