Césio-137: relembre o maior acidente nuclear no Brasil

Furto de Césio-137 em MG

O furto de duas fontes de Césio-137 de uma mineradora em Nazareno (MG) está sendo investigado pela Polícia Civil. Esse é o mesmo material que provocou o acidente radioativo mais grave do Brasil há 35 anos em Goiânia.

Reprodução

Como começou a contaminação?

Em 13 de setembro de 1987 dois catadores de materiais recicláveis encontraram no antigo prédio do Instituto Goiano de Radioterapia um aparelho que não sabiam que era usado para esse tratamento.

Reprodução/redes sociais

Material ainda era desconhecido

Os catadores retiraram algumas partes da máquina e venderam o resto a um ferro-velho. O dono do ferro-velho, também sem saber do que se tratava, desmontou o aparelho para reaproveitar o chumbo e expôs ao ambiente 19,26 gramas de cloreto de Césio-137.

Divulgação/Secretaria de Saúde de Goiás

O Césio-137

O pó branco que ficava azul no escuro foi exibido para toda a vizinhança, tendo inclusive amostras de césio levadas por essas pessoas. Em poucos dias, quem teve contato com o material começou a manifestar os primeiros sinais da radiação, como diarreia, náuseas, tontura e vômito.

Reprodução/Youtube

Primeiras vítimas

As primeiras vítimas da contaminação foram a esposa do dono do ferro-velho, Maria Gabriela, que morreu no dia 23 de outubro de 1987, e a sobrinha Leide Ferreira, de 6 anos, que ingeriu Césio ao brincar com a substância.

Divulgação/Polícia Federal

104 mortos

Segundo dados da Associação das Vítimas do Césio-137, a contaminação vitimou 104 pessoas até 2012, e mais de 1.600 foram afetadas.

Divulgação/Associação das Vítimas do Césio-137

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