Grupo Wagner, mercenários seguem para Moscou
Stringer
Grupo Wagner, mercenários seguem para Moscou

O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigojín, anunciou no sábado que conquistou a base militar do Exército russo e uma base aérea em Rostov sem nenhum tiro disparado, afirmando ter o apoio da população. O oligarca russo prometeu depor os principais comandantes militares.

Relatos da AFP mencionam a presença de sirenes de ambulâncias e carros de polícia nas ruas da cidade

"Por que o povo nos apoia? Porque estamos marchando em busca de justiça", afirmou Yevgeny Prigojín, líder do Wagner, a quem o presidente russo, Vladimir Putin, acusou de "traição" em uma mensagem de áudio transmitida pelo Telegram.

Yevgeny Prigozhin é líder do grupo miliciano Wagner
Reprodução
Yevgeny Prigozhin é líder do grupo miliciano Wagner

"Entramos em Rostov e, sem um único disparo, ocupamos o prédio principal.", disse. 

Cidade russa estratégica

Rostov é uma cidade portuária localizada no sul da Rússia a aproximadamente 100 km da fronteira com a Ucrânia, possui importância estratégica , pois é de lá que o comando militar russo no sul do país coordena as operações do exército na nação vizinha.

Um veículo blindado equipado com uma metralhadora e cerca de doze homens uniformizados com braçadeiras prateadas foram avistados em um cruzamento no centro de Rostov, conforme relatado por vários jornalistas. Fontes também contaram que veículos blindados estão estacionados em outros locais da cidade.

Arquivo: Presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse estar aberto ao diálogo sobre a Ucrânia
Kremlin - 18.05.2023
Arquivo: Presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse estar aberto ao diálogo sobre a Ucrânia

Kremlin negou rumores de fuga de Putin de Moscou após insurreição paramilitar Pedestres observam a passagem de veículos militares e homens armados com espingardas, suas braçadeiras prateadas bem visíveis.

Prigojín declarou que suas tropas assumiram o controle do principal centro de comando militar da Rússia para operações na Ucrânia, além de uma base aérea na cidade e prometeu depor os principais comandantes militares, que segundo ele conta com o apoio de 25 mil combatentes.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou neste sábado (24) que a rebelião do Grupo Wagner foi uma "punhalada nas costas" e prometeu punir quem trair as forças armadas russas. 

Líder de milícia rompe com Putin e cria tensão na Rússia
Durante o pronunciamento, Putin disse que as Forças Armadas já receberam as ordens necessárias para que todos os responsáveis pelo motin sejam exemplarmente punidos.

"É um golpe para a Rússia, para o nosso povo. E nossas ações para defender a Pátria contra tal ameaça serão duras."

"Todos aqueles que deliberadamente pisaram no caminho da traição, que prepararam uma insurreição armada, que seguiram o caminho da chantagem e métodos terroristas, sofrerão punição inevitável, responderão tanto à lei quanto ao nosso povo", afirmou o presidente.

O presidente assumiu que a situação em Rostov-on-Don, cidade tomada pelos mercenários, é complicada, e declarou que será necessário "unir forças" para deixar as diferenças de lado.

Entenda o caso
Yevgeny Prigozhin, chefe do grupo mercenário Wagner, que integra o grupo de apoio a Rússia na guerra, rompeu com o governo Putin  e expôs nesta sexta-feira (23). O posicionamento do líder fez com que os combatentes da organização se mobilizassem contra o presidente russo.

Segundo Prigozhin, o Ministério de Defesa da Rússia foi responsável pelos ataques contra acampamentos do grupo mercenário. Ele garantiu que o grupo irá contra-atacar.

Em sua resposta ao discurso de Putin, o oligarca mercenário acusou Moscou de corrupção e desvio de dinheiro por membros alto escalão do governo e do exército ligados à invasão russa na Ucrânia e agora segue em direção à Moscou. 

Entre no  canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo.  Siga também o  perfil geral do Portal iG.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!