O juiz
afastado, Eduardo Appio
, recebeu uma espécie de " ordem de despejo
", assinada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4)
. Appio
está afastado provisoriamente da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR) por ordem da Corte. Ele estava à frente dos processos envolvendo a Lava Jato
.
O despacho foi assinado pelo corregedor Cândido Alfredo Silva Leal Júnior. Nele, fica expresso que Appio deve ir ao gabinete para retirar os pertences particulares do local. A ida deve ser monitorada por um juiz designado, pelo diretor da 13ª Vara e da diretora administrativa da Seção Judiciária.
Em caso de descumprimento do despacho, o Foro irá cumprir a diligência de recolher os bens de Appio , sendo "devolvidos pelo Diretor de Secretaria”.
Até o momento, não há atualização sobre a situação de Eduardo Appio na Vara, continuando o status de temporário o afastamento do magistrado. O juiz foi afastado da 13ª Vara após uma representação do desembargador federal Marcelo Malucelli. Segundo ele, o seu filho, João Eduardo Barreto Malucelli, teria recebido uma ligação com "ameaças", com o TRF-4 dizendo que teria conseguido indícios que atribuiriam a responsabilidade do telefonema à Appio .
No caso, a equipe de defesa protocolou um laudo pericial que diz que não há indícios suficientes para provar que era Appio na gravação do telefonema. O laudo foi feito pelo professor-adjunto do Laboratório de Fonética do Departamento de Letras na Universidade Federal de São Carlos, Pablo Arantes.