Segundo o delegado-chefe da Polícia Civil de Londrina, Fernando Amarantino Ribeiro, o atirador responsável pelo ataque em uma escola afirmou que planejou o incidente nos últimos meses como uma forma de retaliação ao bullying que sofreu durante seu tempo como estudante na mesma instituição até 2014.
Ribeiro revelou que o atirador comprou a arma utilizada no crime há cerca de um mês e meio e adquiriu um machado no dia 10 de junho. O suspeito entrou na escola com um revólver calibre 38, carregado com 50 munições e 7 carregadores.
De acordo com o secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Teixeira, o objetivo do atirador era causar o maior número de mortes possível.
Durante seu depoimento à polícia, o atirador descreveu os eventos com aparente normalidade e lucidez. Ele também informou ter sido diagnosticado com esquizofrenia e estar em acompanhamento pela Secretaria de Saúde de Rolândia, cidade vizinha onde reside.
"Ele narra os fatos com muita naturalizade. Ele não esconde os fatos e na cabeça dele, ele iria se suicidar, mas não se suicidou porque não conseguiu municiar o revólver", disse Ribeiro em coletiva de imprensa.
O delegado irá investigar essa informação, incluindo os nomes dos profissionais envolvidos em seu tratamento e os medicamentos utilizados.
Até o momento, seis pessoas foram ouvidas pela polícia, incluindo os policiais responsáveis pela prisão em flagrante, um parente de um aluno que ajudou a conter o atirador e outras pessoas que podem ter ligação com o crime, possivelmente auxiliando o atirador na gravação de vídeos para redes sociais.
Uma adolescente de 16 anos foi morta no Colégio Estadual Helena Kolodyem, em Cambé , no norte do Paraná, nesta segunda-feira (19), segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Outra vítina do ataque, um jovem também de 16 anos, foi atingido na cabeça e está em estado grave. Inicialmente, ele foi levado ao Hospital Santa Casa de Misericórdia de Cambé, mas foi transferido para o Hospital Universitário de Londrina.
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