Dino nega motivação política em ação da PF contra Arthur Lira

Ministro da Justiça esteve na casa do presidente da Câmara logo após operação da Polícia Federal

Dino nega motivação política ou interferência em ação da PF contra Lira
Foto: redacao@odia.com.br (Estadão Conteúdo)
Dino nega motivação política ou interferência em ação da PF contra Lira
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta terça-feira, 6, que não houve e não há nenhum tipo de orientação política para que eventuais  ações da Polícia Federal (PF) que envolvam assessor do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), andem mais rápido ou mais devagar. "Não há, do ponto de vista do governo, nenhum desejo de responder com a polícia a um problema político", disse.

Em entrevista ao programa Estúdio I, do canal de notícias GloboNews, Dino disse também que não há orientação da PF de perseguição e nem de imunidade a ninguém. "Jamais houve e jamais haverá qualquer tipo de direcionamento do mérito de investigações", afirmou.

Nesta semana,  Lira exonerou o assessor Luciano Ferreira Cavalcante do gabinete da liderança do PP na Casa. Cavalcante é investigado pela PF pela compra de kits de robótica com recursos do orçamento secreto e foi alvo de operação da PF na semana passada.



O ministro da Justiça e Segurança Pública foi à casa de Lira na semana passada, após a PF fazer a operação contra o ex-assessor. Na entrevista, Dino afirmou que Lira lhe telefonou para pedir informações sobre o que havia acontecido. "Eu me dispus a ir até a casa de Lira e expliquei as circunstâncias judiciais", contou o ministro. Dino declarou também que comentou a operação em Alagoas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia em que ela foi deflagrada e que deu as informações básicas para ele, "não no sentido de pedir autorização".

"Todos os ministros, todas as pessoas que me procuram, independente de ser parlamentar ou não, eu informo tecnicamente o que aconteceu", disse. "Achei cabível que Lira fizesse perguntas. Para mim não fez queixas, pois seriam incabíveis; não há o que se queixar ao ministro da Justiça sobre uma ordem judicial de um juiz federal que fica em Alagoas", afirmou.