O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) abriu uma empresa no estado do Texas, nos Estados Unidos, em sociedade com pessoas ligadas aos atos golpistas de 8 de janeiro. São eles: Paulo Generoso, conhecido por disseminar informações falsas e André Porciúncula, que já foi o número dois da Secretaria de Cultura do governo Bolsonaro entre agosto de 2020 e março de 2022.
Segundo reportagem investigativa feita pela Agência Pública em parceria com o UOL e o CLIP (Centro Latinoamericano de Investigação Jornalística), os empresários e o deputado possuem ações na Braz Global Holding LLC , que foi criada no dia 18 de março deste ano.
Paulo Generoso foi alvo da CPI da Covid-19 e das CPI e CPMI das Fake News , além de ser apoiador assumido dos atos de 8 de janeiro
Ao ser questionado pela reportagem, Eduardo preferiu não responder aos questionamentos. "Por que vocês estão me investigando? […] Eu estou traficando droga? Eu estou roubando alguém? É corrupção?", disse o parlamentar a Dal Piva.
A empresa de Eduardo e Generoso foi aberta poucos dias após primeira palestra feita pelo ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL), nos Estados Unidos . O ex-mandatário teria feito uma transferência de US$ 135 mil no período em que esteve no país norte-americano, o que corresponde a 75% do dinheiro que havia sido declarado à Justiça Eleitoral.
O filho do ex-presidente esteve presente em alguns dos eventos da extrema-direita que foram feitos nos Estados Unidos. No período em questão, Jair Bolsonaro estava com um visto de turista, o que por lei o proibia de ser pago por serviços e participação de eventos.
No mesmo endereço em que a Braz Global atua, outras duas companhias possuem trabalhos ativos — a Liber Group e o Instituto Liberdade. Todas as três foram abertas em datas próximas, mas apenas a Braz Global possuí sociedade com Eduardo . As outras duas empresas são de Generoso, Porciúncula e de Raquel Brugnera, que é ex-funcionária da gestão Bolsonaro . Em nenhum dos documentos é falado qual o ramo das três empresas .