O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Censo Demográfico 2022 deverá ser divulgado "impreterivelmente, em 28 de junho“. O Censo vem sofrendo diversos adiamentos. Inicialmente, ele deveria ser feito em 2020, mas o orçamento foi transferido par os gastos da pandemia, sendo novamente adiado em 2021 por falta de verba.
O comunicado emitido pelo IBGE diz que o projeto, que vem sendo apoiado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento, teve que fazer a contratação de profissionais que recensearam milhões de pessoas. É previsto o fim da pesquisa de campo até dia 28 de maio.
“A etapa de apuração do Censo, iniciada neste ano, foi bem sucedida junto a diversos territórios censitários, como a Terra Indígena Yanomami, comunidades em grandes capitais e regiões metropolitanas e também junto a bairros de alto padrão”, diz o comunicado.
O IBGE ainda afirma que "o trabalho técnico realizado por servidores e o acompanhamento de especialistas externos convidados para avaliação dos dados do censo foram realizados com êxito”.
Vale ressaltar que as informações obtidas pelo Censo são primordiais para que se tenham fontes de referências sobre as condições de vida das pessoas em nível nacional, com detalhamento de recortes territoriais. Isso é necessário para que as políticas públicas sejam desenvolvidas.
Em 2021, os vetos da gestão de Jair Bolsonaro (PL) no orçamento da União, levaram a uma queda de R$ 1,4 bilhão de investimento no IBGE, o que impossibilitou o Censo.
Na época, o valor menor de investimento levou a saída da chefe do IBGE, Susana Cordeiro Guerra, ao qual foi substituída pelo então diretor de pesquisas Eduardo Luiz Gonçalves Rios Neto.
No ano seguinte foi cogitada uma nova suspensão, mas que não se concretizou.
Mas a nova gestão dos dados tem sido alvo de preocupação por sua confiabilidade. O ex-presidente do IBGE, Roberto Olinto, comentou as decisões técnicas, metodológicas e orçamentárias que a nova gestão vem adotando no Censo Preliminar, o que ele diz que podem gerar possíveis erros.