Bolsonaro é recebido por apoiadores na Agrishow
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Bolsonaro é recebido por apoiadores na Agrishow

Após confusão em sua chegada à Agrishow junto ao governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) , o ex-presidente e líder da extrema direita Jair Bolsonaro (PL ) assumiu o microfone para criticar a política de homologação de Terras Indígenas d o atual governo federal iniciada presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde o início da nova gestão. 

  • O ex-presidente Bolsonaro criticou a conclusão das últimas homologações de Terras Indígenas pelo presidente Lula

"Por exemplo, uma das reservas indígenas tem 31 mil hectares, apenas 'existe' lá nove indígenas. Algo não está certo. Não é possível 31 mil hectares para nove pessoas", disse Bolsonaro.

Bolsonaro usou o microfone para citar Ricardo Salles, ex-ministro do Meio Ambiente e atual deputado federal, como um exemplo de proteção ambiental e afirmou que sua política sobre reservas indígenas era diferente. 

"Nunca tive má vontade para com o indigenista, muito pelo contrário. Até enviamos um projeto no começo de 2021, tá no Congresso, não foi pra frente... Mas que permitia aos indígenas, se fosse da sua vontade, fazer como os fazendeiros fazem em suas propriedades ao lado", discurou o ex-presidente.  

Bolsonaro ignorou a crise do garimpo ilegal nas Terras Yanomamis que chegou a níveis alarmantes durante sua gestão e afirmou que seu proteto [citado do discurso] dá dignidade aos indígenas. 

"É uma maneira de tratar com respeito e com dignidade os nossos irmãos indígenas e não dessa forma como está ai", disse. 

Segundo Bolsonaro, há 400 pedidos de demarcações de Terras Indígenas e 3.500 pedidos para novos quilombolas no país. Para ele,  se o governo atender 10% desses pedidos o agronegócio sofrerá consequências. 

"Nós sabemos que se 10% for atendido, para onde irá o nosso agronegócio?", questinou Bolsonaro. 

Entenda:

Ao homologar as TI na última sexta (28), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que pretende cumprir a promessa que fez durante as campanhas eleitorais e demarcar "o maior número possível de terras indígenas" em seu mandato. Ele afirmou que o processo, porém, não é simples e pode levar algum tempo.

As terras homologadas estavam com pedidos de análise parados desde 2018, devido à política ambiental do próprio Bolsonaro, que afirmou logo no início de seu mandato que não faria nenhuma demarcação durante seu governo .

Nesta sexta, Lula demarcou seis terras indígenas. São elas:

  • TI Arara do Rio Amônia (AC);
  • TI Kariri-Xocó (AL);
  • TI Rio dos Índios (RS);
  • TI Tremembé da Barra do Mundaú (CE);
  • TI Uneiuxi (AM);
  • TI Avá-Canoeiro (GO).

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