Defesa de Torres diz ao STF que entrega de senhas falsas se deve a dificuldade cognitiva
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Defesa de Torres diz ao STF que entrega de senhas falsas se deve a dificuldade cognitiva

O Ministério da Justiça  no governo Bolsonaro (PL) sob a tutela de Anderson Torres  teria utilizado planilhas de votação para mapear o eleitorado do 1º turno das eleições presidenciais de 2022 e mobilizar a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para operações que dificultaram a movimentação de eleitores no 2º turno, vencido por Lula (PT) .

Veja abaixo:

Planilhas de votação criadas por assessores de Anderson Torres estão com a PF
Reprodução
Planilhas de votação criadas por assessores de Anderson Torres estão com a PF

As informações foram divulgadas pela jornalista Andréia Sadi e de Isabela Camargo no portal G1 e apontam que os investigadores da PF receberam as planilhas de votação utilizadas por Anderson Torres, então titular da pasta, para atuar -- supostamente -- contra a movimentação de eleitores no segundo turno das eleições de 2022.

  • As tabelas mostram as votações de Lula e Bolsonaro em cada cidade no primeiro turno
  • As planilhas foram elaboradas por Clebson Ferreira de Paula Vieira a pedido de Marília Alencar, então diretora de inteligência do Ministério da Justiça

Em depoimento à PF, Marília afirmou que o levantamento foi encomendado por Anderson Torres para avaliar se havia "indícios" de compra de votos no pleito.

A PF ouviu Clebson Vieira em 12 de fevereiro, e no dia seguinte, ele informou à PF que havia encontrado outros documentos de interesse da investigação armazenados na nuvem.

  • Além disso, os investigadores tiveram acesso às mensagens do WhatsApp do celular do servidor
Planilhas de votação criadas por assessores de Anderson Torres estão com a PF
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Planilhas de votação criadas por assessores de Anderson Torres estão com a PF

Segundo a reportagem, a defesa dos investigados quer usar as tabelas para alegar que foi feito um levantamento de ambos os candidatos.

  • Os documentos fazem partes do inquérito policial que corre sob sigilo de justiça

Segundo a reportagem, a avaliação dos investigadores da PF é que as planilhas confirmam que foi feita a pesquisa para saber onde os candidatos obtiveram melhor votação e, com isso, direcionaram a atuação da PRF. A Polícia Federal agora quer ouvir os delegados da PF Alfredo Carrijo, Tomas Vianna e Fernando Oliveira.

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