Chefe do GSI será sabatinado no Congresso sobre atos golpistas nesta quarta-feira
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Chefe do GSI será sabatinado no Congresso sobre atos golpistas nesta quarta-feira

O general Gonçalves Dias  apresentou ainda ontem, o pedido para sua demissão do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), após crise emergir em Brasília, com a divulgação de imagens que mostram sua presença no Palácio do Planalto  durante os ataques golpistas contra os Três Poderes  em 8 de janeiro, por apoiadores radicais de Jair Bolsonaro (PL), que pediam intervenção militar no país. 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)  também se reuniu ontem com o general antes da confirmação do pedido de demissão. O secretário-executivo do gabinete, Ricardo Nigri, também foi afastado do cargo.

O ex-interventor na Segurança Pública do Distrito Federal Ricardo Capelli  foi nomeado como secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) interinamente. Embora não oficialmente,  Capelli terá status de ministro, substituindo o general Gonçalves Dias.

Entenda quais são as funções principais do GSI no dia-a-dia do gabinete da presidência

Ricardo Capelli, secretário-executivo interino do GSI
Reprodução/Twitter @RicardoCapelli
Ricardo Capelli, secretário-executivo interino do GSI

O GSI é responsável por auxiliar diretamente o presidente da República nas suas atribuições, especiamente nas questões militares e de segurança .

Entre suas competências, também incluem a análise e o acompanhamento de assuntos com potencial de risco , a prevenção de ocorrências de crises e a coordenação do gerenciamento em caso de grave e iminente ameaça à estabilidade institucional.

O GSI cuida da  segurança pessoal do presidente e do vice-presidente, de seus familiares, assim como dos palácios presidenciais e das residências oficiais.

O órgão é também responsável por planejar e coordenar, por exemplo, eventos realizados no país em que o Presidente da República comparece e atua em  parceria com o Gabinete Pessoal , e no exterior, em colaboração com o Ministério das Relações Exteriores. 

É o gabinete que organiza as viagens presidenciais, tanto dentro do país quanto no exterior, sendo esta última em cooperação com o Ministério das Relações Exteriores. 

Integrantes do GSI e invasores
Reprodução / CNN Brasil - 19.04.2023
Integrantes do GSI e invasores

O GSI também  monitora se há questões relacionadas a  terrorismo e às medidas para prevenir e neutralizar atentados. 

Histórico do gabinete com status de Ministério

O GSI foi criado em 1999 durante o governo de Fernando Henrique Cardoso , que substitiuiu a Casa Militar. O primeiro ministro foi o General Alberto Mendes Cardoso , no comando até o final do mandato de Cardoso em 2003.

No primeiro e segundo governo de Lula, o General Jorge Armando Felix comantou o GSI  e na primeira parte dos mandatos de Dilma Rousseff, o ministro foi o General José Elito Carvalho Siqueira.

Dilma realizou uma reforma ministerial e tiro o status de Ministério do  GSI  integrando-o à Secretaria de Governo . Apenas a Casa Militar foi mantida por Dilma.

Dilma Rousseff retirou o status de ministério do GSI
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Dilma Rousseff retirou o status de ministério do GSI

Após a orquestração do 'impeachment' e a ascensão de Michel Temer (MDB ) à chefia do Planalto, a Casa Civil foi extinta e o GSI foi recriado . O  General Sergio Echegoyen  assumiu a frente do posto. 

Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o General Augusto Heleno foi o responsável pelo órgão.

Crise dos ataques de 8 de janeiro

O ex-chefe do GSI, general Gonçalves Dias, foi escolhido para liderar o GSI no terceiro mandato de Lula por ser considerado um militar próximo ao presidente. 

Dias trabalhou na sua segurança pessoal de Lula durante seus primeiros mandatos, de 2003 a 2009, e também durante a campanha nas eleições de 2022.

Presidente Lula
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Presidente Lula

Em sua administração, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) , que estava sob a responsabilidade do GSI, foi transferida para a Casa Civil . A decisão foi tomada por Lula em fevereiro, com o objetivo de desmilitarizar a agência responsável por informações estratégicas do governo federal, reduzindo o papel do Gabinete de Segurança Institucional.

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