Foi deflagrado pela Polícia Federal nesta terça-feira (21) a nova fase da operação Alfeu, cujo objetivo é reprimir as atividades criminosas de garimpo de ouro e de apropriação ilícita de bens da União nos territórios indígenas de Sararé, localizado próximo aos municípios de Pontes e Lacerda (MT).
Além da PF, o Exército também participa da ação (Operação Águia), a Polícia Militar Ambiental e a Fundação Nacional do Índio (FUNAI).
O objetivo da nova fase é a apreensão das máquinas utilizadas para ações criminosas. Caso o maquinário esteja em boas condições de funcionamento, e possa ser retirado pela mata, eles serão destinados para os órgãos públicos e municípios das árias degradadas, seguindo assim a determinação judicial.
Já em casos de bens sem valor expressivo ou que a remoção do local seja dificultada, a PF irá destruir os equipamentos para, assim, reprimir as práticas criminosas.
A PF planeja reunir materiais que comprovem as ações, para assim, dar prosseguimento às investigações e identificar os financiadores. É esperado ainda que a corporação desfaça a organização criminosa que vem causando danos ambientais irreversíveis nas terras dos Sararé.
A PF informa que o local é bastante conhecido pela "intensa" atividade de extração ilegal de minério. Segundo a instituição, a prática exige uma atuação da PF de forma mais investigativa e, quando necessário, com ações mais ostensivas.
As regiões centrais da Amazônia são as que mais sofrem com o garimpo ilegal. Com isso, há a necessidade de intervenção das Terras Indígenas de Sararé. Mas essas não são as únicas, uma vez que a Força Nacional vem trabalhando para impedir a exploração dos recursos naturais pelo Brasil.
No dia 15 de março, por exemplo, o Ministério da Justiça e Segurança Pública prorrogou o uso da Força Nacional de Segurança Pública para auxiliar a FUNAI nos locais de terras indígenas nos estados do Pará, Mato Grosso e no Rio Grande do Sul.