Pedrinho Matador em entrevista a podcast
Reprodução/Youtube
Pedrinho Matador em entrevista a podcast

Quatro dias antes de ser assassinado em Mogi das Cruzes , na Grande São Paulo , Pedro Rodrigues Filho, conhecido como Pedrinho Matador , de 68 anos, revelou onde estava através de uma 'live' nas redes sociais. Ele foi morto a tiros, e depois degolado, no último domingo (5).

No dia (1º), em um vídeo compartilhado em seu perfil no TikTok, Pedrinho afirmou estar em Mogi das Cruzes. Na reprodução, ele pede para que os seguidores acompanhem uma live, marcada para a noite do mesmo dia, que seria feita por sua empresária, Lisa Toledo.






O serial killer também adotou um tom de mistério ao justificar o fato de ter saído de Itahahém, cidade onde estava morando, no litoral paulista, para a região metropolitana. “É [por] pouco tempo. Vocês vão ficar sabendo a minha caminhada, porque eu vim pra Mogi [das Cruzes]”.

Já no sábado (4), um dia antes de ser assassinado, o ex-detento publicou nas redes um jogo de sinuca em um bar. Nas imagens, ele aparece jogando com outros homens e mantém uma postura calma, além de fazer 'brincadeiras' com os adversários.





Morte de Pedrinho Matador

O serial killer Pedro Rodrigues Filho, de 68 anos, foi morto a tiros e degolado na manhã do último domingo (5). Pedrino Matador foi assassinado na calçada em frente à casa de familiares, em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo.

Segundo o B.O., policiais militares foram acionados após serem informados sobre disparos de arma de fogo na rua José Rodrigues da Costa, no bairro Ponte Grande. O relato informava que uma pessoa teria sido atingida e que os suspeitos teriam fugido em um carro preto.

A PM também foi avisada, em outro chamado, que o veículo utilizado no crime teria entrado na Estrada da Cruz do Século.  Os policiais foram, então, até o local e encontraram o veículo abandonado, com munição de pistola aparentemente intacta no assoalho, além de um galão próximo. Todos os itens foram recolhidos.

Segundo depoimento de uma familiar, por volta das 8h30, um carro preto estava trafegando na rua e mais tarde, às 9h50, Pedrinho estava sentado em uma cadeira em frente à casa da depoente, quando o veículo parou próximo. Dois homens mascarados e armados desceram do carro.

Segundo a testemunha, um dos assassinos teria dito: "não é nada com você, não. Pega sua filha e entra para dentro". Os criminosos efetuaram os disparos contra Pedrinho e um dos suspeitos, com uma faca de cozinha, perfurou a garganta da serial killer, que já estava caído. Após o assassinato, os criminosos voltaram para o carro e fugiram.

Quem foi Pedrinho Matador

Considerado um dos mais frios assassinos da história do país, Pedrinho Matador ganhou notoriedade na década de 80 quando foi condenado a quase 300 anos de prisão por dezenas de assassinatos. 

Em 1996, em entrevista ao programa "Fantástico", da rede Globo, o serial killer afirmou que matava por 'prazer e vingança'. Já em 2003, em entrevista a revista "Época", Pedrinho matador revelou ter matado mais de cem pessoas, incluindo assassinatos cometidos dentro do sistema prisional.

“(…) Não mexo com ninguém, levo minha vida. Mas se atravessarem meu caminho, mato mesmo. Todos que matei quiseram me desafiar, me enfrentar. Quando dou meu primeiro golpe, não me controlo mais. Sou assim mesmo. Mato, mato e mato”, disse à reportagem à época.

“Não tenho nenhum arrependimento. Mato e é tudo natural”, afirmou. “Não temo nada. Nunca temi. Desde que fugi de casa e cai no mundo. O importante é estar preparado. Tenho uma força que me ajuda a matar. Mas esse assunto é segredo”.

Pedro Rodrigues Filho foi preso pela primeira vez em 1973, depois de completar 18 anos. No entanto, segundo o assassino, as primeiras mortes teriam sido orquestradas por ele com apenas 11 anos. Ele executou o traficante Jorge Galvão, seu irmão e cunhado, com uma arma de fogo.

“Não acreditaram em mim, um menino magro, que mal conseguia segurar a automática”, disse em entrevista ao Estadão.

Já em 2004, com pouco mais de 31 anos na cadeia durante uma nova entrevista ao jornal Estadão, o assassino foi questionado se teria medo do que encontraria fora cadeia, ele afirmava que não.

“Eu procuro saber de tudo lá fora. E tenho família, tenho os amigos, muitos, muitos, é tudo crente, eles vão me ensinar tudo de novo”.

Fora da cadeia: a conversão

Libertado em 2007, o Matador retornou a prisão em 2011 e cumpriu pena até 2018, quando foi solto. Após a saída, já com 63 anos, Pedro se converteu ao cristianismo. Veja o batismo do ex-detento:



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