A Polícia Federal divulgou, nesta quinta-feira (16), o balanço relacionado à primeira semana de execução das operações na Terra Indígena Yanomami (TIY ), que tem como principal objetivo o combate ao garimpo ilegal na região.
De acordo com a corporação, a Operação Libertação, ação realizada em conjunto Ibama, Forças Armadas, Força Nacional de Segurança Pública e Funai, 40 balsas, quatro aeronaves e uma embarcação foram "inutilizadas".
Além disso, a PF informou que entre os dia 9 e 15 de fevereiro foi desativada uma estação ilegal de garimpo de minério, e apreendidas armas, equipamentos de comunicação, 7 mil litros de combustível e 500 quilos de alimentos.
"As equipes também atuam no fechamento de rotas e acessos fluviais utilizados pelo garimpo, mapeamento das áreas e na segurança das bases operacionais na Terra Indígena e de prédios públicos de Boa Vista que, eventualmente, poderiam ser alvos de manifestações, complementou a PF, em nota.
As atividades da Polícia Federal na região dos Yanomami em Roraima também teve o intuito de oferecer ajuda humanitária para os indígenas. Por conta disso, mais de 105 toneladas de mantimentos e medicamentos, e 5,2 mil cestas básicas foram entregues à população local.
"No hospital de campanha montado pela Força Aérea Brasileira , para atenção exclusiva aos indígenas Yanomami, foram realizados, até o momento, 1,3 mil atendimentos", enfatizou a PF.
Crise humanitária
O povo da Terra Indígena Yanomami, considerada a maior do Brasil, sofre grave crise humanitária e sanitária. Dezenas de adultos, crianças e idosos foram diagnosticados desnutrição grave e malária nas últimas semanas. A situação precária dos indígenas se agravou muito a partir do avanço do garimpo ilegal.
Um levantamento da Hutukara Associação Yanomami aponta que o garimpo ilegal cresceu 54% em 2022 e devastou 5.053 hectares da Terra Indígena Yanomami. O estudo também estima que, com a atividade irregular, 20 mil garimpeiros estejam no local.
A Terra indígena Yanomami está em emergência de saúde desde o dia 20 de janeiro , conforme decisão do governo Lula. Inicialmente por 90 dias, órgãos federais auxiliarão no atendimento aos indígenas.
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