Procurador Geral da República, Augusto Aras
Reprodução/Twitter
Procurador Geral da República, Augusto Aras

O procurador-geral da República, Augusto Aras, publicou no canal do YouTube, trechos da entrevista que cedeu ao portal jurídico Conjur no dia 13 de dezembro de 2022. Nela, Aras faz declarações acerca do Ministério Público, dizendo que acha que o MP deve "voltar ao seu lugar" e atue de forma que honre suas atribuições e competências constitucionais e legais.

Além disso, o procurador-geral fez críticas a maneira em que a Lava Jato foi conduzida, porém, sem citar a operação. "Que jamais nós tenhamos uma força-tarefa, qualquer que seja ela, que criminalize a política, porque fora da política só tem guerra."


Vale ressaltar que foi durante a gestão de Aras, em 2011, que o MPF decidiu encerrar a força-tarefa da operação no Paraná, local onde se tinha iniciado a Lava Jato. 

Para Aras, a luta contra a macrocriminalidade e o crime organizado são algumas das prioridades do MPF em 2023, sendo chamada pelo procurador-geral como "sagrada missão da defesa da pátria".

"Há sinais de que o Brasil, hoje, sofre um profundo ataque dessas organizações internacionais em consórcio com as nacionais. Então em [2023], nós teremos um grande trabalho a fazer, sem dia para acabar. Mas uma coisa posso lhe dizer. Concluída minha gestão nessa casa, fica para mim a satisfação, especialmente da Amazônia", afirmou Aras.

Uma mudança feita por Augusto Aras foi na organização interna do MPF.  Alguns procuradores foram realocados para melhor atender as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

"Na nossa gestão, nós criamos atrativos para manter nos colegas o maior tempo possível em regiões de difícil acesso e provimento. Pagando a gratificação que existe há mais de 40 anos –quando entrei nessa carreira já havia uma gratificação, que nunca foi paga a ninguém".

Ele ainda fez um levantamento sobre a preferência pelos procuradores em trabalhar em cidades litorâneas e com vidas consideradas mais tranquilas. Com isso, há uma falta de incentivo para que haja trabalhadores atuando em regiões como a Amazônia.

" Todos os procuradores da casa querem ir para praia, querer ir para o litoral. Ninguém quer ir para a Amazônia, o Nordeste, o Centro-Oeste, a região de fronteira. Então temos sempre a dificuldade de prover esses cargos."

O procurador-geral informou que está em trâmite para que haja a realização de concursos públicos que promova "o maior número de vagas possível" no MPF. 

Confira os trechos logo abaixo: 


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