O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal ( PRF ) Silvinei Vasques virou réu por improbidade administrativa nesta sexta-feira (25). A decisão foi do juiz José Athur Diniz Borges, da 8ª Vara Federal do Rio de Janeiro, que atendeu a um pedido do Ministério Público Federal.
No último dia 15, o pedido foi apresentado pelo MPF . Na ocasião, também foi feito um pedido de afastamento de Silvinei do cargo de diretor-geral da PRF. No entanto, após analisar o caso, o juiz afirmou que quer ouvir o policial antes de tomar uma decisão.
Segundo a argumentação do MPF, o agente usou o cargo indevidamente e apontou ações durante as eleições 2022 para favorecer o presidente Jair Bolsonaro (PL), como pedido de votos irregularmente.
"A vinculação constante de mensagens e falas em eventos oficiais, entrevista a meio de comunicação e rede social privada, mas aberta ao público em geral, tudo facilmente acessível na internet, sempre associando a própria pessoa do requerido à imagem da instituição PRF e concomitantemente à imagem do Chefe do Poder Executivo federal e candidato a reeleição para o mesmo cargo, denotam a intenção clara de promover, ainda que por subterfúgios ou mal disfarçadas sobreposição de imagens, verdadeira propaganda político-partidária e promoção pessoal de autoridade com fins eleitorais", argumentou o Ministério Público.
A solicitação surgiu por conta da publicação feita por Silvinei nos perfis das redes sociais, um dia antes da votação do segundo turno. O diretor da PRF pediu aos seus seguidores que votassem no atual presidente da República.
"Não é possível [...] dissociar da narrativa desta inicial a possibilidade de que as condutas do requerido, especialmente na véspera do pleito eleitoral, tenham contribuído sobremodo para o clima de instabilidade e confronto instaurado durante o deslocamento de eleitores no dia do segundo turno das eleições e após a divulgação oficial do resultado pelo TSE", escreveu o MPF.
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