Defesa de Jefferson solicita transferência para hospital particular

Advogados argumentam que penitenciária de Bangu oferece risco de morte ao ex-deputado federal

Roberto Jefferson (PTB) sendo preso pela PF após oito horas de resistência e troca de tiros com policiais
Foto: Reprodução / TV Globo - 23.10.2022
Roberto Jefferson (PTB) sendo preso pela PF após oito horas de resistência e troca de tiros com policiais


A defesa de  Roberto Jefferson protocolou, nesta sexta-feira (18), um pedido ao ministro Alexandre de Moraes para que o ex-deputado federal seja transferido do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu (RJ), para o Hospital Samaritano da Barra, unidade particular loclaizada na Zona Oeste do estado.

O argumento utilizado na solicitação é o de que a saúde do detento é debilitada e apresentou um quadro de piora desde o dia em que ele foi detido, no dia 23 de outubro. 

“É inequívoco a existência de grave risco de o requerente morrer, caso seja mantido no estabelecimento prisional, eis que a SEAP já afirmou não possuir condições adequadas para manter a estabilização da sua saúde”, afirmou a defesa.


Os advogados enfatizaram ainda que o sistema penitenciário carioca já afirmou que nao reúne as condições necessárias para atender Jefferson. O local não conseguiria, de acordo com a defesa, realizar exames laboratoriais no ex-deputado. 

O documento entregue ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) destaca ainda que um médio de confiança de Roberto que o visitou na última quinta-feira (17) afirmou que ele está com febre, taquicardia, calafrios e anemia. 

Prisão de Jefferson

Na manhã de domingo (23), a Polícia Federal foi até a casa de Roberto Jefferson em Comendador Levy Gasparian , no interior do Rio de Janeiro,  para cumprir um mandado de prisão determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

O ex-parlamentar, no entanto, resistiu à detenção por oito horas e ainda trocou tiros com os agentes . Após o conflito, ele se entregou à PF.

Na ocasião, Jefferson jogou três granadas. De acordo com o sistema do Exército, a licença dele estava suspensa e ele não poderia ter ou transportar armas fora de Brasília.

Devido ao descumprimento, o Exército abriu um processo administrativo para investigar o caso. A PF também instaurou um inquérito na esfera criminal.

O ex-deputado federal só se entregou à noite. Ex-presidente do PTB, ele estava em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica e precisou voltar ao sistema penitenciário após decisão de Moraes.

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