Após passar a noite na 14ª DP (Leblon), o cônsul da Alemanha Uwe Herbert Hahn deve prestar um novo depoimento neste domingo. O diplomata foi preso em flagrante na noite desse sábado, após seu marido, o belga Walter Henri Maximillen Biot, de 52 anos, ter sido encontrado morto na noite da última sexta-feira, na cobertura de um apartamento na Rua Nascimento Silva, em Ipanema, na Zona Sul do Rio.
Segundo Camila Lourenço, delegada assistente da 14ª DP, onde o caso foi registrado, a versão do alemão, de que o marido havia tropeçado e caído, não era compatível com as marcas encontradas no corpo do belga durante a necrópsia.
De acordo com policiais militares do 23º BPM (Leblon), o diplomata acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e informou ao médico que o marido havia passado mal e caído no chão.
O corpo do estrangeiro apresentava lesões, como equimoses, nas pernas, no tronco e também na cabeça, bem como lesões características de pisaduras, informou a delegada.
"O que a gente sabe é que muitas das lesões que foram detectadas no corpo não são lesões recentes. São lesões de, pelo menos, dois dias, o que evidencia que a vítima já vinha sofrendo algum tipo de agressão", disse a delegada.
De acordo com a delegada, nesse sábado, o alemão manteve a sua versão inicial no depoimento. Uwe Herbet contou que a vítima teve um surto, começou a gritar e caiu com a cabeça no chão ao tropeçar. Além do novo depoimento do diplomata neste domingo, testemunhas ainda serão ouvidas e as investigações continuam.
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