Presidente do PSB quer retirada de candidatura de Molon ao Senado

Decisão sobre disputa pelo Senado no estado precisa ser tomada até a próxima sexta, data limite imposta pela Executiva nacional do PT

Carlos Siqueira, presidente do PSB - 27.07.2022
Foto: Agência Brasil: 27.07.2022
Carlos Siqueira, presidente do PSB - 27.07.2022

Pressionado pelo ex-presidente Lula e pela Executiva nacional do PT , o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, desembarca no Rio nesta quarta-feira e, entre seus compromissos, tentará demover a candidatura de Alessandro Molon (PSB) ao Senado.

Desde a semana passada, cresce o movimento de petistas que defendem a retirada do apoio à candidatura a governador de Marcelo Freixo (PSB) diante da confirmação de Molon para o Congresso, concomitantemente à empreitada de André Ceciliano (PT).

A decisão final precisa ser tomada até a próxima sexta, data limite imposta pela Executiva nacional petista para que o tema seja definido. O prazo foi referendado nesta quarta pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann. Na última semana, em ato simbólico, o partido decidiu adiar a convenção estadual do Rio para pressionar os pessebistas.

Dias antes, o PSB do Rio aprovou em convenção as candidaturas de Freixo e Molon - o que desagradou os petistas e gerou mal-estar até mesmo entre os pessebistas. Molon é presidente estadual da legenda. Por isso, a sua candidatura não pôde ser demovida em nível estadual. Diante disso, o assunto passou a ser tratado pelas duas Executivas nacionais.

O ex-presidente Lula foi um dos que interveio e, em conversa com Siqueira, pediu para que o assunto fosse resolvido dentro do PSB e não fosse necessária uma atitude radical dos petistas. Siqueira e Molon se encontrarão na tarde desta quarta, em evento do partido em que Freixo e Cesar Maia oficializarão a aliança. Uma reunião sobre a corrida ao Senado deve ser realizada nesta quinta.

Nos bastidores, Freixo não esconde a insatisfação com a manutenção da candidatura do correligionário, que gera insatisfação em Lula. A aliados, o candidato ao governo tem dito que uma eleição ao Senado não pode pautar um projeto para o governo e define o impasse como uma "inversão de valores". No mês passado, ele e Molon chegaram a trocar farpas. 

Na convenção, contudo, Freixo se mostrou resignado e disse que a chapa teria dois postulantes ao Senado: Ceciliano e Molon. A Justiça Eleitoral autorizou a inscrição de mais de um candidato apesar de haver apenas uma vaga ao Senado em disputa este ano. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que a oficialização do nome de Molon tornou necessária a reabertura do debate:

"A nossa aliança com o Rio é com o PSB, mas nós queremos ter uma discussão séria com o PSB sobre a composição. Nós tínhamos um acordo lá para indicar a candidatura ao Senado. Isso daí traz força à chapa, musculatura".

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