Acusado pelas mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips , Amarildo da Costa de Oliveira, o Pelado, disse a policiais federais, na reconstituição do crime, que o terceiro suspeito preso, Jeferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha, foi quem atirou nos dois.
O relato contrariou o primeiro depoimento à PF, em que Amarildo admitiu também ter atirado. Foi feito a policiais que o levaram para a área onde estavam os corpos.
A reconstituição teve trechos exibidos hoje (20) pelo Jornal Nacional, da TV Globo. Amarildo disse que Bruno foi o primeiro a ser baleado por Jeferson, e depois que a lancha onde o indigenista e o jornalista estavam se descontrolou e encalhou, Dom também foi morto.
No entanto, Amarildo caiu em contradições. Inicialmente, falou que estava em uma embarcação diferente da usada por Jeferson. Depois reconheceu que os dois estavam juntos.
Durante a procura pelo barco das vítimas, um policial federal perguntou se Bruno, que tinha porte de arma, revidou aos tiros, o que Pelado confirma. No primeiro depoimento, Amarildo afirmou que ele e Jeferson dispararam seis vezes contra o jornalista e o indigenista.
Depois de se entregar no sábado em Atalaia do Norte, município de entrada no Vale do Javari e onde ficaram as equipes de buscas, Jeferson confirmou ter atirado contra os dois, mas não soube dizer quantos disparos fez. Segundo os exames nos corpos, Dom e Bruno foram atingidos por munição de armas de caça.
Amarildo acrescentou que Bruno e Dom só tiveram os corpos esquartejados e enterrados no dia seguinte ao duplo homicídio, cometido no domingo, dia 5. A Polícia Federal já indiciou outras cinco pessoas que teriam ajudado a ocultar os corpos, e vão responder em liberdade a essa acusação, também segundo o Jornal Nacional.
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