O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça Criminal Especializada, denunciou a delegada Adriana Cardoso Belém por lavagem de dinheiro.
A delegada, que por anos foi titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), é um dos alvos da Operação Calígula , contra uma rede de jogos de azar explorada pelo contraventor Rogério de Andrade e pelo PM reformado Ronnie Lessa. No último dia 10 de maio, na casa de Belém, os investigadores encontraram a quantia de R$ 1.786.100,00 em espécie armazenado em sacolas de lojas famosas de roupas e em duas malas. O montante surpreendeu os promotores e foi preciso levar máquinas para contar as cédulas.
Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão na casa da delegada, os agentes também encontraram um veículo Jeep/Compass, que a mulher adquiriu para dar ao filho de presente de 18 anos, como divulgado nas redes sociais.
Diligências preliminares comprovaram que o carro foi adquirido por Belém por meio do sobrinho Richard Henrique Belém da Silva — também denunciado por lavagem de dinheiro — no valor de R$ 181.600,00, pagos em espécie por Richard. O veículo foi registrado em nome da empresa Richard Belém Sociedade individual de advocacia, demonstrando a utilização do escritório para a lavagem de capitais.
Adriana foi denunciada por corrupção passiva na operação Calígula. O MPRJ também requisitou o traslado de peças da Autuação de Prisão em Flagrante (APF) para investigar o envolvimento dos denunciados na organização criminosa comandada pelo contraventor Rogério Andrade, bem como a identificação de outros atos de lavagem, considerando-se o valor em espécie apreendido.
Após a apreensão na casa da delegada, a Força-Tarefa do Gaeco para o caso Marielle e Anderson obteve a prisão preventiva dela , decretada pelo juiz da 1ª Vara Especializada do Tribunal de Justiça, Bruno Monteiro Rulière.
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