Calígula: MP pede que Rogério de Andrade vá para presídio federal
Pedido de prisão foi subsidiado por outras investigações, como a do homicídio da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes
No pedido de prisão preventiva contra Rogério de Andrade, alvo da Operação Calígula , o Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ) requer que o contraventor seja encaminhado para presídio federal. A ação penal foi feita com base em diferentes processos e investigações, como o que apura o homicídio da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes .
Além de Rogério de Andrade, a operação tem como principais alvos o PM reformado Ronnie Lessa — réu pela morte da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes — e outras 27 pessoas. Até agora, onze já foram presos, entre eles, o delegado Marcos Cipriano de Oliveira Mello, levado para a Corregedoria da Polícia Civil.
A delegada Adriana Cardoso Belém , que por anos foi titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), também é um dos alvos. Na casa da policial, atualmente assessora da Secretaria Municipal de Esportes do Rio, os investigadores encontraram quase R$ 2 milhões em espécie armazenados em sacolas de lojas famosas de roupas e em uma mala no closet . Ela será exonerada nesta terça-feira, segundo a prefeitura.
Os agentes também encontraram, em outros endereços visados pela Operação Calígula , R$ 48.251,20, 2.200 dólares, 4.420 pesos argentinos, 70 pesos uruguaios, todos em espécie, além de R$ 3.800 em cheque, diversos documentos, pendrive, chips, noteiros, máquinas de cartão, 107 máquinas de caça-níquel, cópias de processos e componentes eletrônicos.
Foram denunciadas 29 pessoas pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Os agentes ainda cumprem 119 mandados de busca e apreensão. De acordo com as investigações, Andrade e Lessa abriram casas de apostas e bingos na Zona Oeste do Rio pelo menos desde 2018.
De acordo com as denúncias oferecidas pelo MPRJ, Rogério e o filho, Gustavo Andrade, comandam uma estrutura criminosa organizada, voltada à exploração de jogos de azar não apenas no Rio de Janeiro, mas em diversos outros estados.
Os mandados requeridos pelo MPRJ foram expedidos pela Vara Especializada. Além do dinheiro apreendido na casa de Adriana Belé, foram recolhidos oito aparelhos de celular, um notebook, um HD e um pen drive. Segundo narram as denúncias oferecidas pelo MPRJ, Rogério de Andrade e Gustavo de Andrade comandam uma estrutura criminosa organizada voltada à exploração de jogos de azar no Rio e eme outros estados. Essa estrutura há décadas exerce o domínio de diversas localidades, fundamentando-se em dois pilares: a habitual e permanente corrupção de agentes públicos e o emprego de violência contra concorrentes e desafetos. A organização criminosa é suspeita de inúmeros homicídios.
Os mandados requeridos pelo MPRJ foram expedidos pela Vara Especializada. Além do dinheiro apreendido na casa de Adriana Belé, foram recolhidos oito aparelhos de celular, um notebook, um HD e um pen drive. Segundo narram as denúncias oferecidas pelo MPRJ, Rogério de Andrade e Gustavo de Andrade comandam uma estrutura criminosa organizada voltada à exploração de jogos de azar no Rio e eme outros estados. Essa estrutura há décadas exerce o domínio de diversas localidades, fundamentando-se em dois pilares: a habitual e permanente corrupção de agentes públicos e o emprego de violência contra concorrentes e desafetos. A organização criminosa é suspeita de inúmeros homicídios.
O advogado Ary Bergher, que defende Rogério Andrade e o filho dele, Gustavo, disse que houve desrespeito à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que trancou a investigação conta o cliente dele. A defesa está impetrando uma reclamação contra o Ministério Público do Rio, alegando que houve "burla" à ordem da Corte. No dia 22 de fevereiro, portanto, há quase três meses, a 2ª Turma do STF determinou o trancamento de uma ação penal contra o contraventor acusado de ser o mandante da morte do rival Fernando Ignácio, em 10 de novembro de 2020. Na ocasião, os ministros também revogaram a prisão cautelar contra Rogério. Bergher disse também que não está tendo acesso às acusações.
"A defesa, até agora, não teve acesso aos procedimentos de busca e apreensão e de prisão. Isso é uma burla à decisão do STF. Estão usando os mesmos relatórios relacionados ao que motivou a ação do trancamento. Rogério estava trabalhando normalmente. Temos que evitar que tal tipo de violência ocorra e que se viole as decisões judiciais", disse Bergher.
O advogado Bruno Castro, que defende Ronnie Lessa, divulgou a seguinte nota: "Soubemos pela imprensa do ocorrido. Nós ainda vamos nos inteirar do que está acontecendo. Saber se há alguma acusação, qual acusação e quais os elementos que subsidiam ela. Por enquanto, não temos como nos posicionar. Estamos no escuro."