Guarapuava: polícia encontra depósito de armas em sítio de SP
Residência localizada na cidade de Araçariguama também era usada par armazenar coletes à prova de balas e munição
Policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de São Paulo descobriram um depósito de armas em um sítio no interior do estado que pode estar ligado à quadrilha que atacou o 16ª Batalhão da Polícia Militar de Guarapuava (PR) e uma empresa de transporte de valores. Segundo testemunhas ouvidas pela polícia, o dono da propriedade sumiu na semana passada com cinco armas.
A propriedade em Araçariguama foi descoberta na tarde de ontem e era usada para armazenar armas, coletes à prova de balas e munição. O arsenal estava no sótão da casa principal do sítio, no Jardim Meireles.
Um caseiro estava no local no momento da busca, mas, segundo a polícia, ele nãosabia do arsenal, que tinha armas de grosso calibre, inclusive, uma metralhadora .50 capaz de derrubar uma aeronave.
Também foram encontrados três silenciadores, muita munição e um conjunto superior de um fuzil. O caseiro foi ouvido e liberado.
Na noite de domingo, mais de 30 criminosos fortemente armados tentaram assaltar uma empresa de transporte de valores em Guarapuava, a 250 km de Curitiba. Dois policiais e um morador ficaram feridos. Um PM só escapou ileso porque a bala atingiu o celular.
“Graças a Deus estou vivo. Agora é tentar seguir vida em frente”, disse o PM Osmar Wendler, em um vídeo que fez para a filha.
A ação é mais uma de uma série de ataques a municípios de pequeno e médio porte que que vem sendo denominada “novo cangaço”, que faz reféns, incendiaram veículos e dispararam contra batalhões da PM.
A caçada aos criminosos que atacaram Guarapuava já chegou a municípios vizinhos como Turvo, Pitanga e Campo Mourão. Participam da ação cem policiais, além de drones com tecnologia para captar movimento mesmo durante a noite.
Até agora, ninguém foi preso. Um suspeito chegou a ser interrogado por cinco horas, mas ele foi liberado. O homem negou sua participação no ataque, e não foram encontradas provas para incriminá-lo.
De acordo com o Jornal Nacional, da TV Globo, um servidor da PF que participa das investigações disse que há evidências de que o grupo seja formado por bandidos de outros estados.
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