O jurista Dalmo de Abreu Dallari morreu nesta sexta-feira (8) em São Paulo. Dellari é considerado um dos mais importantes juristas do Brasil e professor emérito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo familiares, a causa da morte foi um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
O velório deve ser realizado na Faculdade de Direito, no Largo São Francisco, número 95, no centro de São Paulo. Delari deixa esposa, 7 filhos, 13 netos e 2 bisnetos, e de acordo com a família "várias gerações de alunos e seguidores, aos quais se dedicou em mais de 60 anos de magistério e atuação na promoção dos direitos humanos."
Biografia
Dalmo Dallari nasceu em Serra Negra, estado de São Paulo, em 31 de dezembro de 1931. Em 1947, mudou-se com a família para a capital.
Dellari formou-se em direito pela Universidade de São Paulo em 1957 e em 1963 foi aprovado no concurso para livre-docente em teoria geral do Estado na USP. Após o golpe de 1964, tornou-se conhecido por sua atuação em oposição ao regime militar.
A partir de 1972, ajudou a organizar a Comissão Pontifícia de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo, ativa na defesa dos Direitos Humanos. A organização foi intensamente buscada por perseguidos políticos e seus familiares, e teve papel importante na proteção de oposicionistas da ditadura.
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Na Faculdade de Direito da USP, Dalmo tornou-se professor titular em 1974 e, em 1986, foi escolhido para ser diretor, posição que ocupou até 1990.
Durante toda a sua carreira o foco de Dellari sempre foi a defesa dos direitos humanos e a garantia do Estado de Direito. Ele foi autor de diversos artigos, capítulos de livros e realizou palestras e conferências, no Brasil e no exterior.
O jurista chegou a atuar na prefeitura de São Paulo como secretário de Negócios Jurídicos sob a gestão de Luiza Erundina, entre 1990 e 1992.
Após 2001, ano em que deixou a docência regular por conta de sua aposentadoria compulsória, foi nomeado coordenador da Cátedra UNESCO de Educação para a Paz, Direitos Humanos, Democracia e Tolerância. Em 2007 tornou-se professor emérito da Faculdade de Direito da USP.
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