Monark
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Após declaração defendendo a criação de um partido nazista no Brasil reconhecido por lei, que provocou sua saída do Flow Podcast, um processo movido pela Federação Israelita do Rio de Janeiro e investigação do Ministério Público de São Paulo e da Polícia Civil por apologia ao nazismo, o influenciador digital Bruno Aiub, conhecido como Monark, usou seu perfil nas redes sociais para dizer que está sofrendo um "linchamento desumano". "Eu posso ter errado na forma como eu me expressei, mas o que está fazendo comigo é um linchamento desumano", postou ele na quinta-feira.

A declaração provocou mais uma polêmica. "Linchamento desumano é o que fizeram com o Moïse", respondeu um internauta, fazendo referência ao congolês espancado até a morte em um quiosque na Barra da Tijuca. "Não, Monark, você não está sendo linchado, está sendo cobrado por defender o indefensável. Nazismo não é opinião, é discurso de ódio e eugenia. Assumir as responsabilidades pelo que falamos é fundamental nessas horas e você é adulto o suficiente para entender isso!", postou a deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ).

Em sua publicação, Monark tenta se defender invertendo a lógica do que disse: "Não apoiei a ideologia nazista. Considero repugnante. A ideia defendida é que eu prefiro que fique o inimigo se revele nas sombras". A declaração também teve posts de apoio, citando a "liberdade de expressão".

O comentário de Monark em conversa com os deputados federais Kim Kataguiri (DEM) e Tabata Amaral (PSB) em episódio do podcast revoltou associações judaicas, patrocinadores e ex-convidados do programa.

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O procurador-geral da República, Augusto Aras, determinou instauração de procedimento para que seja apurada a prática de eventual crime de apologia ao nazismo tanto pelo deputado federal Kim Kataguiri (Podemos-SP) quanto pelo até então apresentador do Flow Podcast, Bruno Monteiro Aiub, conhecido como Monark. Em razão disso, o locutor foi desligado do programa. A investigação foi motivada por representações enviadas ao Ministério Público Federal (MPF).

Monark também é alvo de inquéritos do Ministério Público de São Paulo e da Polícia Civi. Entre as mais de duas dezenas de considerações que embasaram o pedido de abertura de inquérito do MPSP, os promotores Anna Trotta Yaryd, Reynaldo Mapelli Júnior e Lucas Martins Bergamini, da promotoria de Direitos Humanos, destacaram que consideram o conteúdo "inquestionavelmente nazista e antissemita". Ao fim da apuração, o MP decidirá se pedirá à Justiça para que o youtuber responda por dano moral coletivo ou mesmo dano à sociedade.

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