Médicos da APS (Atenção Primária à Saúde) de São Paulo (SP) farão nesta quinta-feira (13), às 19h, uma assembleia para decidir se entrarão em greve. Os profissionais de saúde alegam que, devido ao avanço da variante ômicron do novo coronavírus e da influenza, unidades de saúde estão superlotadas, equipes sobrecarregadas, profissionais doentes e há falta de medicamentos e insumos nas unidades.
Segundo o Simesp (Sindicato dos Médicos de São Paulo), comparado com o início de dezembro de 2021, houve aumento de quase 200% de profissionais de saúde afastados do trabalho em janeiro.
Entre as reivindicações dos médicos estão a contratação de mais equipes para atendimento e pagamento das horas extras. Profissionais revelam estarem sendo convocados para trabalhar aos sábados sem pagamento adicional.
O que diz a prefeitura de São Paulo
Em nota enviada ao iG , a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) diz que respondeu a dois ofícios do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp). Segundo a gestão, "a SMS já autorizou o pagamento das horas extras dos profissionais pelas Organizações Sociais de Saúde (OSS)".
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A SMS diz, também, que solicitou a presença dos médicos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) aos sábados, mas "em nenhum momento obrigou que as equipes sejam da Atenção Primária à Saúde (APS)."
"Em relação ao pagamento de horas extras, a SMS aguardava o novo ano fiscal para saldar o pagamento aos profissionais de saúde envolvidos diretamente ao atendimento à pandemia de Covid-19. Aos profissionais ligados às OSS, os parceiros iniciarão o cronograma de pagamento de horas extras a partir deste mês e, àqueles da administração direta, que iniciam a partir desta fase da pandemia o atendimento aos sábados, a SMS estará publicando portaria e pagamento de plantão extra", diz a pasta.
"Até a próxima sexta-feira (14), a SMS juntamente com os parceiros estará fechando o montante de contratação para apoiar a porta de entrada dos equipamentos, inclusive, ampliando o quadro e horário de algumas unidades para às 22h ou, até mesmo, transformando unidades 12h em 24h. Em relação aos insumos a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), informa que recebeu, em dezembro de 2021, mais de 867,5 milhões de unidades de medicamentos e insumos, com investimento total de R$ 116 milhões. A pasta prevê o recebimento de outros R$ 28 milhões em medicamentos e materiais médicos, além de mais R$ 52 milhões que serão empenhados para a compra dos suprimentos", complementa o comunicado.