Polícia Federal faz operação de combate à exploração sexual infantil
Agência Brasil
Polícia Federal faz operação de combate à exploração sexual infantil

A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Lobos II, que desarticulou um grupo que divulgava material de abuso sexual infantil no Brasil e em outras partes do mundo. O material criminoso era disponibilizado na darkweb e acessado por mais de 1.8 milhão de usuários. O anúncio foi feito nesta sexta-feira.

Segundo a PF, a ação criminosa consistia em  produzir e compartilhar imagens, fotos e comentários sobre abuso sexual de crianças e adolescentes, além de alimentar a demanda por esse tipo de material. A PF declarou que a ação tem  grande relevância no combate a esse tipo de crime.

Agora a polícia cumpre 104 mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão preventiva, distribuídos em 20 estados e no Distrito Federal.

A PF informou que a operação foi iniciada em 2016 e estabeleceu parcerias com forças policiais de diversos países com o objetivo de identificar quem estava por trás da divulgação do material. A polícia declarou também que o grupo se dividia em arregimentadores, administradores, moderadores, provedores de suporte de hospedagem, produtores de material, disseminadores de imagens, dentre outros.

De acordo com a PF, “a união internacional de esforços permitiu a identificação de um indivíduo brasileiro que utilizava a deepweb para hospedar e gerenciar cinco dos maiores sites de abuso sexual infantil de toda a rede mundial de computadores”.

Na darkweb, os sites e fóruns eram divididos por temática com imagens e vídeos de abuso sexual de crianças de 0 a 5 anos, abuso sexual com tortura, abuso sexual de meninos e abuso sexual de meninas. Os sites eram utilizados por mais de 1.8 milhão de usuários em todo o mundo para postar, adquirir e retransmitir materiais relacionados à violência sexual contra crianças e adolescentes.

A Operação Lobos II é uma continuidade da Operação Lobos, que conseguiu identificar e prender o principal responsável pelos sites voltados para o abuso sexual de crianças e adolescentes. Segundo a PF, na época o esforço investigativo não foi objeto de divulgação com o objetivo de viabilizar prisões de produtores e consumidores desse tipo de material criminoso e o resgate de crianças vítimas em todo o mundo.

Além disso, a polícia declarou que seguir em sigilo “permitiu a identificação e localização de dezenas de indivíduos no Brasil envolvidos com a produção e divulgação de material envolvendo abusos sexuais contra crianças e adolescentes”.

Os crimes investigados na Operação Lobos II são a venda, produção, disseminação e armazenamento de Pornografia Infantil e estupro de vulnerável, sem prejuízo de outros que possam surgir com a continuidade das investigações.

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