Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto
Reprodução/ Metrópoles
Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira, em entrevista à Rádio Sociedade da Bahia, que ficou definitivamente acertado com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que não haverá coligações do partido com a esquerda nas eleições de 2022. Bolsonaro vai se filiar ao PL na terça-feira da semana que vem, e a negociação para isso enfrentou problemas em razão das alianças que a legenda fez com partidos de esquerda em alguns estados.

"Estava fora do Brasil, faltavam alguns acertos, em especial São Paulo e alguns estados do Nordeste. Conversei há três dias com Valdemar, acertamos nossos ponteiros e estamos bem afinados para, ao realizar essa filiação, começar a falar em política no ano que vem", disse Bolsonaro, que ainda garantiu:

"Não haverá qualquer coligação com partidos de esquerda nesses estados. Está definitivamente acertado com Valdemar."

O presidente afirmou também que conversou com Valdemar sobre a possibilidade de lançar o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, para o governo de São Paulo. Outros estados, como a Bahia, também poderão ter candidatos. Em outros locais, serão feitas coligações.

Na entrevista, Bolsonaro também criticou Gilberto Kassab, presidente do PSD, partido que pode ter o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, como candidato a presidente da República em 2022.

"Quem era ministro da Ciência e Tecnologia antes de Marcos Pontes [ministro de Bolsonaro]? Não sabia a diferença entre gravidade e gravidez. Era o senhor Kassab. Ele quer a volta do Lula. Voltando o Lula, vai ser ministro", disse Bolsonaro.

Questionado se há algum distanciamento entre ele e o vice-presidente, Hamilton Mourão, Bolsonaro respondeu:

"Olha, outro dia falei que vice é como cunhado. Quando você casa, trouxe mais dois cunhados. De vez em quando eles me enchem o saco, torram a paciência, mas para viver bem a Michel, tenho que estar bem com os cunhados. Mourão é um vice. E todo mundo fala do vice. Vice bom é o que fica quietinho no canto. Mourão tem vida própria, fala, dá suas opiniões. De vez em quando atrapalha, outras vezes acerta. Estamos convivendo, sem outros problemas mais graves. É como eu e meu cunhado. Eu e Mourão continuamos vivendo com mais acertos do que erros."

O presidente afirmou que está trabalhando pela aprovação no Senado do ex-advogado-geral da União André Mendonça, indicado seu para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). A nomeação estava sendo travada pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que agora promete fazer a sabatina do indicado na semana que vem. Bolsonaro, porém, evitou criticar Alcolumbre, dizendo que ele o ajudou quando foi presidente do Senado.

Na entrevista, o presidente disse ainda que não perseguiu nenhuma minoria desde que assumiu o cargo.

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