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O Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye'kuana confirmou que mais uma criança Yanomami morreu na Terra Indígena Yanomami. A vítima tinha sintomas de malária, desnutrição e pneumonia.

Com mais essa morte, já são quatro as vítimas por conta da doença e o sexto caso em três meses na mesma localidade. Antes, em setembro, duas crianças indígenas morreram na comunidade de Xaruna. Em novembro, uma indígena, de 17 anos, morreu na comunidade Yaritopi. Em outubro, um pajé da comunidade Makuxi Yano, de 50 anos, morreu sem atendimento.

O mais novo óbito também foi em Xaruna e, segundo informações, nos dois casos não houve atendimento por parte do Distrito Sanitário Yanomami, órgão ligada ao Ministério da Saúde.

"Recebi a informação sobre a criança às 11h55. Os próprios Yanomami da comunidade Xaruna me informaram que tinha falecido mais uma criança, mas não fui informado se é masculino ou feminino, e nem a idade", disse o presidente do Condisi-YY, Júnior Hekurari Yanomami.

Para piorar, Junior aponta haver mais uma criança, de 2 anos, em estado grave aguardando por atendimento em Macuxi Yano, comunidade também localizada na Terra Yanomami. "Ligaram para mim por videochamada dizendo que essa criança está muito ruim, com desnutrição, suspeita de malária e estão solicitando urgentemente uma equipe médica ou remoção. A própria mãe da criança pegou um telefone emprestado e fez essa chamada de vídeo pedindo socorro", explicou.

A Comunidade Xaruna fica às margens do rio Parima e é vizinha de um a garimpo ilegal, onde os invasores tem internet e, muitas vezes, a quem os Yanomami recorrem para pedir socorro. 

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