Uma brasileira de 58 anos conseguiu comprar uma propriedade na famosa região da Toscana, na Itália, por apenas 1 euro (R$ 6,58). A construção histórica data do ano de 1.500, e fica em uma região com apenas 800 habitantes.
Segundo reportagem do Metrópolis, Andreia Leda se inscreveu em um programa do governo italiano batizado de Casa 1 Euro, uma estratégia para que casas abandonadas por donos ou parte de heranças que estejam vazias são vendidas por um pechincha em troca de abatimentos nos impostos.
No início, Leda ficou reticente pela necessidade de forma do imóvel, mas se utilizou de outro benefício oferecido pelo poder público para a reconstrução da parte externa da residência. Após muitas viagens a trabalho para o país, ela agora tem uma residência fixa no local.
"Não pensei duas vezes. O mundo deu a volta e tenho uma casa da Idade Média. É uma ruína, mas ela está lá", disse. "As propriedades de 1 euro são praticamente pedras, compramos ruínas. Preciso reconstruir tudo e contratar arquitetos e consultores certificados, porque se trata de um patrimônio histórico".
Além do 1º euro gasto com a compra do terreno, Andreia Leda gastou 10 mil com questões burocráticas: consultorias, medição da propriedade, agente imobiliário e cartório. Ela pretende reservar mais 10 mil para a reforma da parte interna da propriedade, de 70 metros quadrados.
"Os herdeiros assinaram os documentos e passaram a casa para o meu nome. O próximo passo é o arquiteto criar um projeto. Depois da aprovação, a construção começa e deve terminar daqui um ano", contou. "Colocarei louças, a iluminação e a decoração".
O imóvel de Andreia Leda está localizado em um bairro chamado Vetricetto, na comuna italiana Fabbriche di Vergemoli, da província de Lucca.
"É uma área um pouco mais alta da montanha, mais isolada e residencial, não tem tanto comércio", conta ela. Além de Andreia, outros 34 brasileiros compraram 16 imóveis na cidade.
"Estamos montando um condomínio. Haverá um número expressivo de brasileiros para desbravar a Toscana", prevê ela, animada. Ela ainda não tem cidadania italiana.
A previsão da mudança é para daqui a três anos. "Esses dois anos serão decisivos para aprender italiano e me organizar para abrir um negócio lá. Pensei muito em um café com viés brasileiro. Levar cafés brasileiros, brigadeiro e pão de queijo para a região".