O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) encontra-se em Nova York, nesta segunda-feira (20), onde se prepara para a realização de seu terceiro discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). A participação do mandatário brasileiro ocorrerá na próxima terça-feira (21), às 10h no horário de Brasília. Seguindo a tradição que se iniciou em 1955, o Brasil - através de seu representante oficial - costuma realizar a abertura do evento.
Sem ser específico, Bolsonaro afirmou em sua última live de quinta-feira que mostraria aos espectadores de seu discurso na ONU "a realidade do que é o nosso Brasil", as "verdades" e o que "nós representamos verdadeiramente para o mundo". Sua fala, porém, será em torno de três vertentes: a vacinação contra o novo coronavírus, a votação no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o Marco Temporal e uma possível improvisação do presidente na tribuna da ONU.
Vacinação
O jornalista Gustavo Uribe, da CNN Brasil, informou que Jair Bolsonaro ainda não fechou o texto final, mas que seu discurso se iniciará tratando sobre o andamento da vacinação contra o Covid-19 no país. Há, ainda, uma recomendação para que o capitão do Exército sinalize à comunidade internacional que o Brasil pode se tornar um doador de vacinas a países menos favorecidos a partir do próximo ano. Isso porque o estado brasileiro é signatário de um acordo no G20 que defende a democratização dos imunizantes de maneira global.
Marco Temporal
Ainda de acordo com informações da CNN, Bolsonaro se posicionará de maneira favorável ao Marco Temporal, que modificaria as demarcações de terras indígenas em solo brasileiro. Na visão do presidente, caso o STF tenha um novo entendimento sobre o Marco, o "Brasil e o mundo" correrão o risco de passar por um período de insegurança alimentar. Em sua última live, Jair afirmou que "esse novo marco não só abala nosso agronegócio aqui para o Brasil, mas para o mundo todo ". A pauta tramita na Suprema Corte, mas seu julgamento foi suspenso na última quarta-feira (15) após o pedido de vistas - ou seja, de mais tempo para análise - do ministro Alexandre de Moraes.
O mandatário também sinalizou a sua comitiva presidencial - composta por 18 participantes - que fará um discurso "objetivo" e "tranquilo", mas que "pode improvisar" a sua fala durante enquanto estiver na tribuna. A transmissão do evento ocorrerá através dos canais oficiais da ONU.