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Médico sanitarista, fundador e ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Gonzalo Vecina afirmou que "não vê a possibilidade de ter carnaval em 2022" em entrevista à Revista Exame.

Para o especialista, o evento é muito solto e não há como ter um controle eficaz em relação aos foliões. Já em relação a outras atrações com público, como jogos de futebol e peças de teatro, Vecina acredita que há espaço para a liberação de torcida/plateia.

“Carnaval é algo que você não controla, um evento de massa muito solto. Não vejo a possibilidade de ter carnaval em 2022. O São João, no meio do ano, é possível, mas difícil. Teremos espaço para jogos de futebol com torcida, teatro, eventos em que há controle”, afirmou o médico, que esteve à frente da Anvisa entre 1999 e 2003.

Desfiles

Em relação aos tradicionais desfiles das escolas nos sambódromos, Vecina já tem uma opinião diferente: “Para quem vai estar na arquibancada, é um evento discutível. As pessoas precisam estar vacinadas. Mesmo assim existem riscos. Também pode-se exigir um teste negativo de RT-PCR, mas não vejo obrigatoriedade da testagem”, afirmou.


De acordo com o médico, o grande problema é a circulação da variante Delta, que é mais transmissível. Na projeção do especialista, os casos de Covid-19 devem voltar a subir entre o fim de setembro e o começo de outubro deste ano.

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