A frente fria que chegou ao Rio trouxe com ela uma intensa ressaca, causada pelos fortes ventos. Em diversos pontos do estado, foram registrados estragos e transtornos gerados pelo mar revolto. O alerta emitido pela Marinha do Brasil informa que ondas de até 4 metros de altura ainda poderão ocorrer na costa fluminense até este sábado.
Na capital, um trecho da Avenida Delfim Moreira, a principal via do Leblon, na Zona Sul, chegou a passar mais de 12 horas interditado para o trânsito, entre a noite de quinta-feira e o início da tarde desta sexta. O mar invadiu o calçadão e a pista de rolamento, levando areia e afetando o mobiliário de alguns quisques que ficam na orla.
Ao longo da madrugada e na manhã desta sexta-feira, dezenas de garis atuaram na região para limpar a pista, o calçadão e a ciclovia. De acordo com a Comlurb, duas pás carregadeiras e dois caminhões basculantes foram empregados no serviço. A areia foi colocada de volta na praia, enquanto a limpeza é feita com água de reuso. "O trabalho da Comlurb prosseguirá enquanto durar a ressaca", informou o órgão.
Já em Saquarema, na Região dos Lagos, uma água repleta de espuma invadiu ruas próximas às praias de Itaúna e da Vila, as mais famosas da cidade. O fenômeno é comum quando o mar está de ressaca. Segundo a prefeitura, não houve danos estruturais, e a limpeza foi realizada na manhã desta sexta-feira.
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"Nessa época do ano é comum a ocorrência deste fenômeno, com a chegada das frentes frias no nosso município. Nossa equipe foi acionada, foi ao local fazer a interdição parcial e orientou a população", explicou ao "G1" o coordenador municipal de Proteção e Defesa Civil, Pedro Soares.
Já no Norte Fluminense, o ponto mais atingido pela ressaca foi o Pontal de Atafona, em São João da Barra. Embora tenham sido feitas barreiras de contenção nos dias anteriores, duas casas foram atingidas e tiveram a estrutura afetada pelas ondas. Ninguém ficou ferido ou desabrigado. A região é conhecida pelos destroços de antigas residências também destruídas pelo mar no passado.
A Defesa Civil de São João da Barra comunicou que ainda existe o risco de que novos danos ocorram na orla da cidade. Um alerta solicita que surfistas e pescadores não entrem na água pelo menos até o próximo domingo. O banho de mar também deve ser evitado.