Bolsonaro defende homem do campo armado e diz que índio quer internet
Presidente afirmou, ainda, que seu governo acabou com o MST
Um dia depois de o governo celebrar o Dia do Agricultor com a imagem de um caçador armado no campo - foto que acabou excluída das redes da Secretaria de Comunicação (Secom) do Planalto -, o presidente Jair Bolsonaro defendeu a posse da arma para uso em toda a propriedade rural.
"Demos o porte estendido de armas (para produtores rurais). A propriedade privada é sagrada. Não é só no perímetro da casa não (o porte). É para toda propriedade. Pode andar armado hoje em qualquer lugar da propriedade. Pode andar a cavalo ou motorizado", disse Bolsonaro a simpatizantes, nesta quinta-feira, na saída do Palácio do Alvorada.
Bolsonaro sancionou em 2019 projeto de lei que ampliou o posse de arma nas propriedades rurais. O presidente ainda criticou o MST e afirmou que acabou com os recursos destinados a esse movimento.
"Por que os agronegócio vai bem comigo?! Nós acabamos com o MST. Tiramos a grana de ONGs (organizações não-governamentais) que o MST ganhava", afirmou.
Bolsonaro ainda criticou os "xiitas" da causa ambiental e reconheceu que não demarcou terra indígena no país.
"Não demarcamos terra indígena. Não é maldade. Uma área maior que todo o Sudeste já foi demarcada. O índio quer plantar. O índio não quer apito. Querem o que? Querem internet! São iguaizinhos a nós", afirmou.