Justiça mantém decisão de levar filho de Flordelis a júri popular por homicídio
Defesa de Flávio dos Santos Rodrigues entrou com recurso contra decisão da juíza da 3ª Vara Criminal de Niterói
Os desembargadores da 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio decidiram, na tarde desta quinta-feira, manter a decisão determinando que um dos filhos biológico da deputada federal Flordelis dos Santos de Souza, Flávio dos Santos Rodrigues, seja levado a júri popular pela acusação de ter matado o padrasto. Ele é acusado de ser o autor dos disparos que mataram o pastor Anderson do Carmo, marido de Flordelis, em junho de 2019. Além do homicídio , Flávio será julgado pelo crime de porte de arma de fogo de uso restrito.
Durante busca e apreensão na casa da família da deputada, após o assassinato , policiais civis encontraram uma pistola no quarto do filho de Flordelis. Segundo as investigações, a arma era de Flávio e foi usada no assassinato de Anderson do Carmo .
Os desembargadores julgaram um recurso da defesa do acusado contra decisão da juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, determinando que Flávio seja levado a júri popular. Os advogados do rapaz tinham recorrido apenas da acusação do porte de arma de fogo de uso restrito. Não houve recurso em relação ao homicídio.
A sessão já está marcada para novembro deste ano. Na mesma data, também será julgado Lucas Cézar dos Santos, filho adotivo de Flordelis, acusado de ter ajudado o irmão na compra da arma.
Flávio e Lucas foram os primeiros da família a serem presos, dias após o crime, e respondem a um primeiro processo na Justiça.
No segundo processo, no qual Flordelis é acusada de ser a mandante do crime, os dois também são réus, mas apenas pela acusação de terem ajudado na montagem de uma carta com o intuito de atrapalhar as investigações do caso. Nesse processo, a juíza já decidiu levar todos os réus - incluindo Flordelis, Lucas e Flávio - a júri popular. No entanto, ainda não há previsão para marcação da sessão de julgamento, uma vez que os advogados dos réus ainda recorrem da decisão.