Morte do presidente do Haiti foi organizada na República Dominicana, diz polícia
Vinte e uma pessoas já foram detidas pela equipe que investiga a morte do presidente
O assassinato do presidente do Haiti , Jovenel Moise, no último dia 7 foi planejado na República Dominicana, afirmou o chefe da polícia local na noite de ontem. As informações são da agência de notícias AFP .
Uma foto com duas pessoas, entre os suspeitos que foram detidos pela polícia, e o ex-senador Joel John Joseph — que recebeu uma ordem de prisão — circula pelas redes sociais. Os integrantes participavam de uma reunião e, de acordo com o diretor-geral da polícia haitiana, Léon Charles, estavam planejando o homicídio de Moise na República Dominicana.
"Estavam reunidos em um hotel de Santo Domingo. Ao redor da mesa estão os autores intelectuais, um grupo de recrutamento técnico e um grupo de arrecadação de fundos", disse Charles a jornalistas. "Algumas das pessoas na foto já foram detidas. É o caso do médico Christian Emmanuel Sanon e de James Solages. Este último coordenou com a empresa de segurança venezuelana CTU, com sede em Miami", continuou.
Antonio Emmanuel Intriago Valera, responsável do CTU, também aparece na imagem, além do chefe da empresa Worldwide Capital Lending Group, Walter Veintemilla. A companhia é alvo de investigação por suspeita de ter "arrecadado fundos para financiar" o assassinato do presidente
, segundo Charles.
"Havia um grupo de quatro (mercenários) que já estavam no país. Os outros chegaram em 6 de junho. Passaram pela República Dominicana. Nós rastreamos o cartão de crédito que foi usado para comprar as passagens", afirmou.
Com as investigações, até o momento, 21 pessoas foram detidas. Entre elas estão 18 colombianos e 3 haitianos, sendo dois deles também com nacionalidade norte-americana. Posteriormente, três colombianos foram mortos pelos policiais. "São ex-soldados das forças especiais da Colômbia. São especialistas, criminosos. Esta é uma operação bem planejada", disse o chefe policial.
Ainda de acordo com Charles, quatro agentes de segurança de Moise foram isolados e outros 24 submetidos a medidas cautelares.