Réu nos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, o sargento reformado da PM Ronnie Lessa , antes mesmo de ser preso, teria tentado forjar provas que o tirassem do foco da polícia como suspeito do crime. Uma fonte revelou ao GLOBO que a Força-tarefa do caso Marielle vê indícios de que Lessa deixou, propositalmente, um áudio num dos celulares analisados, no qual gravou uma conversa com um morador da comunidade de Rio das Pedras, tentando direcionar a acusação do duplo homicídio para outros milicianos conhecidos na região.
A informação é de que esta foi a única gravação encontrada num celular, após análise em sete aparelhos apreendidos com ele, que não teve seu conteúdo deletado por Lessa.
A conversa, gravada sem que o outro interlocutor soubesse, ocorreu num bar do Quebra-Mar, na Barra da Tijuca, reduto de Lessa, duas semanas após o sargento reformado ter ido à Delegacia de Homicídios da Capital (DH). Lessa prestou depoimento ao delegado titular Giniton Lages, no dia 24 de janeiro de 2019.