CPI da Covid perde medo de ataques virtuais após instalação de 'caça-robô'

Inteligência artificial detectou que quase 80% das mensagens de ataque aos senadores nas redes sociais são de contas 'artificiais'

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Vice-presidente Randolfe Rodrigues e presidente Omar Aziz relataram perder o medo de ataques virtuais

Motivo de preocupação para muitos políticos, o ambiente virtual passou a ser analisado de outra maneira pelos senadores membros da  CPI da Covid após a instalação de uma ferramenta "caça-robôs". Isso permitiu aos parlamentares identificarem que 78% das mensagens de ataques realizadas por contas bolsonaristas eram oriundas de perfis artificiais - ou seja, contas que não eram administradas por robôs. As informações são do jornalista Octavio Guedes.

"Rapaz, eu clico no treco e o desgraçado tem um, dois seguidores e tá lá me xingando. Às vezes nem seguidor tem e vem perturbar na minha rede", relatou o presidente da comissão parlamentar de inquérito, Omar Aziz (PSD-AM).

Uma das primeiras ações promovidas pela rede bolsonarista, chamada de 'milícia digital' foi a campanha #renanvagabundo, realizada na rede social Twitter. Com a ferramenta "caça-robô", foi possível identificar a maioria dos ataques eram realizados por contas inautênticas.

O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL); e o vice, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), eram os mais senadores mais visados pelos ataques virtuais.


"Posso garantir que, hoje, nenhum dos senadores do G7 se sente intimidado por ataques virtuais", reitera Randolfe Rodrigues.