O ministro do Supremo Tibunal Federal ( STF ), Edson Fachin , subiu o tom ao comentar a situação da democracia brasileira, em declaração dada na última segunda-feira (24) a um grupo de advogados. Segundo o magistrado, "se concedermos, não haverá Judiciário amanhã". As informações são da jornalista Mônica Bergamo.
"Temos todos uma zona de intersecção comum [que é] o mínimo essencial da democracia. E este não podemos em hipótese alguma conceder. Porque efetivamente, se concedermos, não haverá Judiciário amanhã. Haverá uma autoridade judiciária servil ao poder de ocasião. E certamente nós não nascemos para vivenciar ou admitir isso", argumentou Fachin aos presentes na videoconferência.
O ministro da Suprema Corte avaliou que o "paciente" que necessita de atenção de todos é o "sistema eleitoral e democrático", que passa pelas investidas de um "nefasto" populismo autoritário. Fachin será o próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral a partir de 2022.