Jacarezinho: Um terço dos mortos não eram investigados pelo TJ do Rio
A Polícia Civil diz que todos eram investigados com base em anotações próprias, mas não divulgou os documentos
Nove dos 27 mortos pela Polícia Civil do Rio na Operação Exceptis, na última quinta-feira (6), não tinham investigações criminais abertas no Tribunal de Justiça do Rio. O levantamento foi feito pelo Estadão , com base no portal da Corte.
A polícia diz que todos tinham anotações criminais, com base em informações próprias. No entanto, a corporação não divulga os documentos.
A operação policial na favela do Jacarezinho deixou ao menos 29 pessoas mortas, sendo uma delas um policial. Houve ainda muitas pessoas feridas feridos – inclusive dentro da estação de metrô de Triagem, da linha 2.
O Estadão não encontrou nenhuma acusação em nome de Cleyton da Silva Freitas de Lima, Natan Oliveira de Almeida, Ray Barreiros de Araújo, Luiz Augusto Oliveira de Farias, Marlon Santana de Araújo, John Jefferson Mendes Rufino da Silva, Wagner Luiz Magalhães Fagundes, Caio da Silva Figueiredo e Diogo Barbosa Gomes.
Entre os mortos com investigações abertas, foi possível encontrar pelo menos 22 acusações de crimes relacionados a tráfico de drogas e 14 a roubo, além de casos de receptação e furto e uma acusação de estelionato. Em alguns casos, o mesmo réu responde por vários crimes.
Dos 27 mortos analisados, só três eram alvos de mandados de prisão na operação policial: Richard Gabriel da Silva Ferreira, Isaac Pinheiro de Oliveira e Rômulo Oliveira Lúcio. Como outros procurados pela Polícia naquele dia, respondiam a processo por “Associação para a Produção e Tráfico e Condutas Afins (Art. 35 – Lei 11.343/06) C/C Aumento de Pena Por Tráfico Ilícito de Drogas (Art. 40 – Lei 11.343/2006), IV”, na 19ª Vara Criminal da capital.