A mãe do menino Henry Borel , Monique Medeiros , deve ser indiciada pelo homicídio do filho e por um episódio de tortura contra a criança. De acordo com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, há motivos e provas suficientes para que a mulher seja colocada como omissa no caso.
"A investigação está convencida da responsabilidade pela morte do menino Henry do vereador Dr. Jairinho
e da mãe
da criança, devido à sua omissão. Ela, como mãe, tinha dever legal de proteger seu filho", disse o delegado Antenor Lopes Martins, diretor do DGPC (Departamento Geral de Polícia da Capital), em entrevista coletiva sobre a conclusão das investigações do Caso Henry nesta terça-feira (4).
No entanto, a investigação não destaca o papel de Monique no momento em que Jairinho teria matado Henry , na madrugada do dia 8 de março. A mãe da criança diz ter sido "medicada" pelo padrasto do menino e que só foi acordada por ele quando o filho já estava desacordado no chão do quarto do casal.
Apesar de a mulher alegar ter sido dopada em sua última versão , a polícia enxerga que, sabendo que Jairinho estava trancado em um quarto agredindo a criança, Monique deveria ter se mobilizado para salvar o filho. "Nenhuma mãe permitiria aquilo. Ela tinha a obrigação de tirar aquele menino daquele apartamento. Se ele não queria romper o relacionamento, ela tinha que afastar", reforçou o delegado.
Na posição de Monique, a pena prevista é de um a quatro anos de prisão, mas, além desse crime, a mulher também foi indiciada por homicídio duplamente qualificado, com pena de 12 a 30 anos de prisão, assim como Jairinho.
Além deste último, o padrasto do menino também foi indiciado por tortura duas vezes (episódios dos dias 2 e 12 de fevereiro).