Luís Henrique de Oliveira afirma que vai processar suspeita de injúria
Foto: Reprodução/Record
Luís Henrique de Oliveira afirma que vai processar suspeita de injúria

Um funcionário de uma farmácia em Uberaba, Minas Gerais, denuncia ter sido alvo de injúria racial após uma cliente criticar o seu corte de cabelo. "Me senti muito humilhado, desrespeitado e violado", diz Luís Henrique de Oliveira, de 27 anos.

Em um vídeo que circula nas redes sociais, é possível ouvir o que uma idosa, de 66 anos, fala sobre o cabelo do rapaz. Ela fez uma série de comentários racistas e disse que ele deveria voltar para o "gueto", pois é um "vagabundo".

De acordo com a Polícia Militar, o caso teve início porque Luís tentou separar uma discussão da cliente com atendentes da farmácia. "Ela estava nervosa, gritando também. Começou a me humilhar, disse que eu deveria voltar para o gueto, me chamou de moleque, falou que o meu cabelo ocupava muito espaço e que não poderiam entrar mais clientes no lugar por causa do meu cabelo", disse o rapaz em entrevista à Record.

No vídeo, a idosa reclama do tamanho do cabelo do atendente. "O cabelo dele não pode ser desse tamanho. Ele está atrapalhando as pessoas no mundo. Se o cabelo é ruim ou não, isso é da raça, eu não tenho nada com isso. O rapaz nem quis ir comigo, disse que pediu uma viatura especial pra ele, porque o cabelo dele não deve caber nessa aqui", falou.

Em outro momento do vídeo, a suspeita já aparece dentro da viatura da PM, mas continua criticando o rapaz. "Horroroso. Todo mundo está alisando cabelo. Eles têm que saber que não são donos do mundo. Tem toda uma regra, um contexto existencial. A gente tem que ter respeito pelo mundo, pelas pessoas. Eu também sou negra. No Brasil não tem ninguém branco", disse.

Veja o vídeo:



De acordo com PM, a ocorrência foi registrada como injúria. Na delegacia, a idosa assinou um termo se comprometendo a comparecer à audiência. Luís Henrique Medeiros disse que vai processar a mulher para que seja acusada de racismo.

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