Igreja Universal: pastores são expulsos da Angola
Agência Pública
Igreja Universal: pastores são expulsos da Angola

Sete pastores da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) devem se retirar da Angola no prazo de 15 dias. Eles foram notificados pelos Serviços de Migração e Estrangeiros (SME). Eles são acusados de cometer crimes religiosos no país.

Segundo Ivone Teixeira, diretora de comunicação da ala brasileira da Universal na Angola, a ordem abrange também os familiares dos respectivos pastores. As informações são da RFI .

"Realmente, um grupo de pastores brasileiros e as respectivas famílias foram notificados na manhã desta quinta-feira. O grupo de pastores deslocou-se às instalações dos Serviços de Migração e Estrangeiros para responder à notificação do dia 6 de abril. Chegando lá, foram surpreendidos com notificações de abandono, emitidas pelos Serviços de Migração e Estrangeiros, contra os missionários brasileiros e as suas famílias", relatou.

Segundo Ivone Teixeira, trata-se de "perseguição religiosa", "xenofobia" "discriminação a pastores brasileiros da Igreja Universal do Reino de Deus residentes em Angola". "Segundo eles, esse ato resulta no cumprimento da resposta de uma nota da Comissão de Reforma, na qual se solicita, de uma forma totalmente arbitrária, a deportação de todos os missionários ligados à Igreja Universal do Reino de Deus, na qual existem várias nacionalidades", explicou.

O bispo Valente Bezerra foi indicado em fevereiro como novo líder da Igreja Universal em Algola, o que resultou na abertura dos templos que estavam fechados desde setembro do ano passado, após o início de investigações de supostos crimes cometidos por bispos e pastores da igreja.

Em junho um grupo de bispos e pastores da Comissão da Reforma tomaram o controle algumas igrejas, e acusaram brasileiros de diversos crimes religiosos no país.

Com o conflito intaurado, uma reunião foi convocada em julho entre o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos de Angola, Francisco Queiroz, e parlamentares do país. Neste momento, o Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos (INAR), um órgão do Ministro da Cultura, Turismo e Ambiente de Angola, reconheceu a Comissão de Reforma liderada pelo bispo angolano Valente Bezerra Luís.

A porta-voz da IURD no país, Ivone Teixeira, afirmou que a ordem de expulsão faz parte de "um golpe" liderado "pela ala angolana da Universal, que está a ser sustentada por alguns organismos" estatais.

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