O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
(DEM-MG), diz que o Senado cumprirá a decisão liminar do ministro do STF, Luis Roberto Barroso, para que seja aberta a "CPI da Covid"
— que investigará supostas omissões do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na gestão da pandemia. Ele criticou, porém, a decisão, e afirmou que a Comissão pode "servir de palanque político
para 2022".
O senador alegou que a CPI não havia sido instalada até o momento, entre outros fatores, pela segurança dos parlamentares em meio ao aumento da gravidade da pandemia no país e pela busca de soluções para amenizar a crise sanitária.
"Eu, uma vez notificado da decisão do ministro Luis Roberto Barroso, a cumprirei, cuidando da segurança sanitária aos senadores que devam participar dessa Comissão Parlamentar de Inquérito", afirmou.
Ao afirmar que "não é o momento ideal" para a abertura da comissão, Pacheco afirmou que existem dois caminhos para enfrentar o atual momento: "o da união das instituições, ou do caos".
"O caos é o que se antecipa das eleições de 2022, em um ambiente com uma CPI para poder intimar um governador A ou B, ou o prefeito A ou B, e de gerar uma instabilidade inclusive jurídica no país", criticou.