Caso Henry: pai organiza carreata para pedir justiça por morte do menino
Engenheiro fez uma convocação pelas suas redes sociais; concentração está marcada para subprefeitura da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, e o grupo seguirá até a 16ª DP (Barra), onde o caso é investigado
O pai do menino Henry Borel , de 4 anos, que morreu no dia 8 de março, Leniel Borel, organizará uma carreata para pedir justiça pela morte do filho nesta segunda-feira, dia 5, a partir das 17h. O engenheiro fez uma convocação pelas suas redes sociais. A concentração está marcada para subprefeitura da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, e o grupo seguirá até a 16ª DP (Barra), onde o caso é investigado. A polícia investiga como aconteceu a trágica morte quando o menino estava no apartamento junto com a mãe, professora Monique Medeiros da Costa e Silva, e o padrasto, o médico e o vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade).
Após ouvir 17 testemunhas no inquérito que apura a morte de Henry , o delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), aposta nas provas periciais para a conclusão da investigação. Além dos laudos da necropsia no corpo do menino, o material recolhido no apartamento onde ele dormia, em 8 de março, passa por exames minuciosos. Naquela madrugada, ele estava no imóvel com a mãe, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva, e o padrasto, Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho , médico e vereador. Os celulares e computadores do casal e do pai da criança, o engenheiro Leniel Borel de Almeida, também foram apreendidos para análises.
Numa força-tarefa que une diferentes departamentos da Polícia Civil, os investigadores buscam esclarecer o que aconteceu na unidade 201 do bloco I do condomínio Majestic, no Cidade Jardim, na Barra da Tijuca. De acordo com depoimentos prestados por Monique e Jairinho, na 16ª DP, eles assistiam a uma série na televisão, quando, por volta das 3h30, encontraram Henry caído no chão, com olhos e mãos gelados e olhos revirados. Na última sexta-feira, dia 2, foi realizada a reprodução simulada no local.
Pai diz não ter dúvida de envolvimento do Dr. Jarinho
Leniel Borel contou que o seu advogado vai entrar como uma petição nesta segunda-feira, pedindo para ele ser ouvido novamente pelos policiais da 16ª DP (Barra da Tijuca), que está investigando o caso. Ele disse que até agora só foi ouvido no dia da morte do menino e quer colaborar com novas informações. Em entrevista à revista Veja, que foi para as bancas neste fim de semana, Leniel diz não ter dúvida do envolvimento do médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho.
“Não tenho dúvidas de que Dr. Jairinho é culpado. Naquela noite no hospital, ele ficava junto aos médicos que tentaram salvar Henry o tempo todo. A princípio eu achava que era porque também era médico, mas agora percebo que era para acobertar o que realmente aconteceu. Ele é muito frio. Assim que foi decretado o óbito do meu filho, Dr. Jairinho chegou perto de mim e, na frente de uma pessoa da igreja que frequento e de uma amiga minha, disse: Vamos virar essa página, vida que segue. Faz outro filho ”, disse o engenheiro à publicação.
Ouvido pelo Extra neste sábado, Leniel confirmou o que disse à revista. O engenheiro afirmou que desde o começo desconfiava do parlamentar, mas não falou isso antes para a imprensa porque estava esperando ser procurado de novamente pela polícia, o que não aconteceu. Ele contou que a luz amarela acendeu quando soube que o vereador foi dirigindo para o hospital, na madrugada em que o garoto morreu, enquando a mãe, Monique Medeiros, de 33, fazia respiração boca-a-boca, sem qualquer experiência com primeiros socorros.
"Eu conheci o Jairinho como médico. Então era para ser o contrário", questionou, acrescentando ter estranhado também que ao receber o laudo soube que a causa da morte foi laceração hepática e hemorragia interna provocada por ação contundente.