Novo ministro da Saúde sobre lockdown: "não pode ser política de governo"
Marcelo Queiroga disse também que médicos devem ter "autonomia" para prescrever remédios cuja eficácia não foi comprovada
O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga , disse nesta segunda-feira (15), durante sua primeira entrevista como comandante da pasta, que lockdown só deve ser utilizado em “situações extremas” e “não pode ser política de governo”.
“Esse termo de lockdown decorre de situações extremas. São situações extremas em que se aplica. Não pode ser política de governo fazer lockdown. Tem outros aspectos da economia para serem olhados”, disse à CNN Brasil
Queiroga disse que é preciso “assegurar que a atividade econômica
continue, porque a gente precisa gerar emprego e renda. Quanto mais eficiente forem as políticas sanitárias, mais rápido vai haver uma retomada da economia."
Queiroga disse, também, que as vacinas adquiridas pelo Ministério de saúde são necessárias para um programa "amplo" de vacinação. Ele também disse que é preciso trabalhar em conjunto com estados e municípios para "vencer a pandemia.
Sobre o tratamento precoce, o novo ministro da Saúde disse que é algo que médicos tem "autonomia" para prescrever.
“Isso é uma questão médica. O que é tratamento precoce? No caso da Covid-19, a gente não tem um tratamento específico. Existem determinadas medicações que são usadas, cuja evidência científica não está comprovada, mas, mesmo assim, médicos têm autonomia para prescrever”, ponderou.