“Vamos para uma parte mais agressiva”, justifica Bolsonaro sobre troca na Saúde
Em conversa com apoiadores, presidente elogia Eduardo Pazuello e ressaltou que o trabalho de atual ministro será mantido na gestão de Marcelo Queiroga
O presidente Jair Bolsonaro confirmou a troca no comando do Ministério da Saúde e afirmou ter confiança em Marcelo Queiroga “para dar prosseguimento a tudo que Pazuello fez até hoje”. A fala foi registrada em conversa com apoiadores na porta do Palácio do Alvorada na noite desta segunda-feira (15).
Queiroga aceitou o convite de Bolsonaro após a recusa da cardiologista Ludhmilla Hajjar, que discordou das atitudes da pasta para evitar o contágio de Covid-19 . Ele é o quarto ministro a assumir a Saúde no Governo Bolsonaro e o terceiro durante a pandemia de coronavírus.
“Tem tudo no meu entender para fazer um bom trabalho, dando prosseguimento a tudo o que o Pazuello fez até hoje”, afirmou Bolsonaro
“Muito mais entendido na questão de saúde, vai fazer outros programas que interessem cada vez mais para diminuir as mortes que se abateram o mundo todo”, concluiu.
Bolsonaro aproveitou para elogiar o trabalho feito pelo atual chefe da pasta, o general da reserva Eduardo Pazuello. O presidente afirmou que a troca é apenas para aumentar na “agressividade” na política de combate à Covid-19.
“O trabalho do Pazuello está muito bem feito a parte de gestão foi muito bem feita por ele”, disse.
“Vamos partir para uma parte mais agressiva no tocante ao combate ao vírus”, ressaltou Bolsonaro.
Troca no ministério da Saúde
O cardiologista Marcelo Queiroga pode ser anunciado como novo ministro da saúde nesta terça-feira (16). A informação foi confirmada por fontes do Palácio do Planalto após reunião entre o médico e o presidente Jair Bolsonaro na tarde desta segunda-feira (15).
Queiroga assumirá o lugar de Eduardo Pazuello, pressionado pelas medidas adotadas durante a pandemia de Covid-19. A efetivação do cardiologista deve ser publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (16).
Essa é a quarta troca no comando do ministério da saúde, a terceira durante a pandemia de coronavírus. Em abril de 2020, o então ministro Luiz Henrique Mandetta foi demitido após divergências com Bolsonaro nas diretrizes de combate à doença. Em seu lugar entrou Nelson Teich, que pediu demissão um mês após assumir o cargo, dando lugar ao general da reserva e atual ministro, Eduardo Pazuello.